Acusado de assassinar mãe em Porto Velho vai a júri popular no mês da mulher

A vítima chamava a atenção sobre a sujeira do quarto do réu e, por isso, pediu que ele promovesse a limpeza. Porém, Daniel Gomes indignado pela ordenação esfaqueou as costas de sua mãe no momento em que ela lavava louças.

Assessoria de Comunicação Institucional
Publicada em 27 de fevereiro de 2019 às 15:31
Acusado de assassinar mãe em Porto Velho vai a júri popular no mês da mulher

No mês de março, em que o Poder Judiciário rondoniense realizará uma programação especial à mulher, entre os quais o combate à violência, o Conselho de Sentença, formado por pessoas de condutas ilibadas da sociedade, do 1º Tribunal do Júri da Comarca de Porto Velho-RO, vai julgar o réu Daniel Gomes da Silva, no dia 14 de março do ano em curso, acusado de, traiçoeiramente, matar a sua genitora Janete Clarice da Silva Costa, com uma facada nas costas.

Segundo a sentença de pronúncia, proferida pelo juiz Pedro Silas Carvalho, no dia do crime houve uma discussão entre a vítima e o acusado. A vítima chamava a atenção sobre a sujeira do quarto do réu e, por isso, pediu que ele promovesse a limpeza. Porém, Daniel Gomes indignado pela ordenação esfaqueou as costas de sua mãe no momento em que ela lavava louças.

Ainda, de acordo com a pronúncia, testemunhas ouvidas durante a instrução processual “afirmaram que auxiliaram o pai do acusado a prestar socorro à vítima; e que em outras ocasiões a vítima (mãe do réu) reclamava do comportamento agressivo do acusado”, isto é, antes do assassinato o réu já maltratava a sua mãe com agressões.

O Ministério Público Estadual, que ofereceu a denúncia criminal, pugnou pela pronúncia do réu por entender estarem “provadas a materialidade delitiva e a existência de indícios de autoria do crime” contra o acusado. “As qualificadoras do crime apontadas na denúncia de motivo fútil, mediante surpresa e por razões do sexo (feminicídio) têm apoio nos informes indiciários e na própria versão do acusado”. Por isso, “é o Conselho de Sentença (jurados) quem deve emitir juízo de valor sobre a manutenção ou exclusão” das qualificadoras, ou seja, são elas que alteram o patamar da pena criminal.

O crime aconteceu na Rua Transamazônica, Bairro Cuniã, em Porto Velho, no dia 14 de janeiro de 2018. (Processo n. 0003972-14.2018.8.22.0501)

“O Mês da Mulher no TJRO terá desde o agendamento concentrado de audiências de casos de violência até programação voltada para a saúde e bem-estar da mulher como palestras, atividade física e apresentações culturais com temática de gênero”. Em todas as comarcas do Estado, entre 11 e 15 de março, concentrarão audiências de casos de violência doméstica e julgamentos nos tribunais do júri sobre feminicídio. A ideia é dar resolução rápida aos processos, impedindo que as vítimas continuem sofrendo com agressões físicas e psicológicas de seus companheiros.

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