Agentes de trânsito falam sobre os desafios da profissão onde homens são a maioria
Mulheres representam cerca de 30% do efetivo de agentes de trânsito
Elas ocupam os mais variados cargos na administração municipal e desempenham a prestação de serviços aos munícipes com maestria. Mesmo sendo minoria na fiscalização e educação de trânsito de Porto Velho, representando cerca de 30% do efetivo, as mulheres que atuam na função de agente na Secretaria Municipal de Trânsito, Mobilidade e Transportes (Semtran) vencem diariamente os mais variados desafios.
Bruna Burak é agente de trânsito há 11 anos
Bruna Burak, que é agente de trânsito há 11 anos, conta que apesar do estereótipo de que a mulher é um sexo frágil e, neste caso, a atividade envolver o papel fiscalizador e de repreensão, durante as abordagens os condutores mantém o respeito, sem nenhum tipo de discriminação.
“Olha, eu acho que o carisma feminino tem um diferencial. A gente consegue ter uma postura mais firme, mas de forma sútil, sem usar grosseria. Tanto os homens como as mulheres, quando abordados por nós, tendem a levar com mais tranquilidade. Noto isso nas abordagens que faço, eles agem com mais tranquilidade”, comentou a servidora que trocou o emprego em uma empresa privada para tornar-se agente.
Para Elaine Ribeiro, a atividade profissional é uma oportunidade de ensinar sobre trânsito, planejar e executar programas educativos pautados por diretrizes que incluem fortemente a educação e a segurança, uma tarefa nada fácil que demanda apoio da família.
Presença feminina imprime uma caraterística mais humanizada
“Eu sempre gostei desse meio. Sempre quis arriscar: antes arrisquei PM, Polícia Civil e consegui para agente de trânsito. Eu sempre quis trabalhar nessa área, eu gosto de desafios. Dá para conciliar bem a atividade profissional com a família. Eu tenho um filho e acho que a mulher consegue conciliar bem. Eles me apoiam, querendo ou não a abordagem feminina é mais sutil, é mais delicada, às vezes tem conflitos, mas no geral os condutores respeitam bem”, detalhou a supervisora municipal de Trânsito, com 13 anos de experiência.
Fábio do Carmo sabe bem que a presença feminina marcante das colegas de trabalho imprime uma caraterística mais humanizada na mobilidade, afinal, elas simplesmente não conseguem pensar no trânsito sem levar em conta a necessidade de mais educação, mais gentileza, mais colaboração e mais calma.
“Poderia ter um quantitativo maior, mas apesar de ser um quantitativo menor do que o de homens, elas desempenham um papel de agente trânsito com muita eficiência, chega até a ser um ponto de equilíbrio, a gente entra mais com a parte presencial e elas dão ali um equilíbrio, principalmente no fator abordagem, até pelo aspecto mesmo da natureza da mulher ser a pessoa mais pacífica na hora de uma abordagem. É bom trabalhar essa parceria, elas preenchem aquela parte que os homens têm mais dificuldade de diálogo, de abordagem. Então, para a gente que trabalha há dez anos com a parceria das meninas na Semtran, é compensador”, comentou o agente de trânsito.
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