Alunos indígenas de projeto de extensão da Unir visitam o TJRO
Jovens de várias etnias do Estado conheceram as instalações do edifício-sede, no dia do índígena
Um grupo de indígenas de diferentes etnias do Estado visitou o edifício-sede do Tribunal de Justiça de Rondônia, nesta terça-feira, 19, quando se comemora o dia do indígena. A visita faz parte de um projeto de extensão da Universidade Federal de Rondônia e teve como objetivo demonstrar um pouco da rotina e do funcionamento do Poder Judiciário.
Os jovens indígenas foram recebidos pelo juiz auxiliar da presidência do TJRO, Guilherme Baldan, e estavam acompanhados pela professora Aparecida Zuim, que faz parte do programa acadêmico de Direitos Humanos e Desenvolvimento da Justiça, convênio do TJRO com a Unir. No auditório, o magistrado falou sobre a atuação do Judiciário em causas que envolvem os direitos dos povos indígenas, além de apresentar os setores administrativos que viabilizam o funcionamento da Justiça no Estado e destacou a importância de ações fundamentais para o exercício da cidadania.
Os visitantes também tiveram a oportunidade de conhecer alguns espaços onde os julgamentos são realizados no 2º grau de jurisdição como os plenários das câmaras e o Tribunal Pleno. Dentre os presentes, representantes de etnias Suruí, Oro-Não, Tupari, Kaxinauá, Kaxarari e Arara, que estão localizados em municípios como Alta Floresta d'Oeste, Guajará-Mirim, Ji-Paraná, Cacoal e no distrito de Extrema, localidade que recentemente recebeu um Fórum Digital.
Para a professora Aparecida Zuim, tão importante quanto conhecer um local onde são tomadas decisões é o contato com uma realidade diferente. “Viemos para o espaço urbano trazendo esses jovens para o conhecimento desta realidade, para que eles possam levar este conhecimento para suas bases, e que é possível viver e trocar experiências”, disse.
Eliandra Oro-Nao, que é aluna da Unir, achou a experiência enriquecedora. “Este espaço todo que estamos conhecendo é nosso e temos que ocupar nosso lugar. Estamos aqui para conhecer e mostrar para nossa base que podemos fortalecer os direitos dos povos indígenas para as futuras gerações”, observou.
Embora a visita tenha sido no dia do indígena, eles destacam a necessidade de ações permanentes para reforçar seus direitos. “Queremos estar aqui não apenas em uma data específica”, disse a estudante Sabrina Arara.
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