Anvisa aprova novo medicamento de ação prolongada para esquizofrenia

Tratamento é o primeiro administrado em apenas quatro aplicações ao ano, aumentando a adesão e reduzindo o risco de recaídas

Priscila Oliveira/Foto: iStock
Publicada em 30 de abril de 2019 às 09:43
Anvisa aprova novo medicamento de ação prolongada para esquizofrenia

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de aprovar um novo medicamento para esquizofrenia, desenvolvido pela Janssen, empresa farmacêutica da família de companhias Johnson & Johnson. O palmitato de paliperidona trimestral é a primeira injeção de ação prolongada que requer apenas quatro doses ao ano e, por isso, chega ao Brasil como uma opção para aumentar a adesão ao tratamento, prevenindo as recaídas e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.  

A esquizofrenia é um transtorno mental que afeta cerca de 23 milhões de pessoas em todo o mundo. A doença é caracterizada por distorções no pensamento, percepção, emoções, linguagem e comportamento. Os sintomas comuns incluem alucinações (ouvir, ver ou sentir coisas que não existem) e delírios (falsas crenças ou suspeitas, mantidas mesmo quando há provas que mostram o contrário).

Estima-se que entre 40 a 71% dos pacientes com esquizofrenia não seguem corretamente o tratamento. A baixa adesão é justamente uma das principais causas para as recaídas[6] que ocorrem em aproximadamente 80% dos pacientes com a doença em cinco anos.

Os novos surtos psicóticos representam uma sobrecarga significativa tanto para pacientes como para suas famílias. Para os pacientes, podem ter repercussões muito graves, como deterioração cognitiva progressiva, comprometimento nas relações interpessoais e redução da qualidade de vida.[9] Além disso, a cada episódio a recuperação pode ser mais lenta e o transtorno pode se tornar mais resistente ao tratamento.

O novo tratamento, que consiste em uma evolução da paliperidona mensal injetável, também fabricado pela Janssen e já disponível no Brasil desde 2011, requer apenas quatro aplicações por ano. Dessa maneira, proporciona maior adesão, evitando recaídas e promovendo um controle sustentado dos sintomas. Nos estudos realizados com o medicamento, mais de 90% dos pacientes que receberam o tratamento injetável no novo esquema posológico não apresentaram recidivas no período de um ano e meio.

Frederico Garcia, médico e professor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais ressalta o impacto na qualidade de vida dos portadores da doença. “Um paciente com esquizofrenia toma de 3 a 6 comprimidos ao dia, totalizando até 2.880 comprimidos por ano. Com essa nova opção terapêutica, é preciso lembrar do medicamento somente quatro vezes nesse mesmo período. Ou seja, teremos uma maior adesão, mais liberdade e autonomia para que a pessoa diagnosticada com esquizofrenia possa se dedicar a outras atividades do dia-a-dia, como trabalho ou estudo; e também focar em outros aspectos do seu tratamento.”

“A chegada do palmitato de paliperidona trimestral reforça o comprometimento da Janssen com a saúde mental, demonstrando os esforços da companhia em investir na expansão de opções de tratamento de necessidades não atendidas de milhares de pacientes e famílias que convivem com doenças tão potencialmente debilitantes como a esquizofrenia”, explica Telma Santos, Diretora Médica da Janssen Brasil. Agora, o palmitato de paliperidona trimestral passará por processo de aprovação de preço na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

O produto está aprovado para o tratamento da esquizofrenia em pacientes adultos que já tenham sido adequadamente tratados com a injeção mensal de palmitato de paliperidona por pelo menos quatro meses. O novo medicamento apresentou perfil de segurança e tolerabilidade sustentável, já estabelecido em múltiplos estudos realizados para  todas as apresentações do produto – oral, injetável mensal e injetável trimestral. Os eventos adversos mais comuns foram reação no local da injeção, aumento de peso e dor de cabeça.                                 

Compromisso Janssen com a Neurociência

A Neurociência está diretamente ligada à história da Janssen. Nos anos 50, o fundador da companhia, Paul Janssen, foi quem criou o primeiro antipsicótico que permitia o tratamento de pacientes em casa. Antes dessa descoberta, os tratamentos contra a psicose existentes eram associados a significativos efeitos colaterais.

Sobre a Janssen

Na Janssen, trabalhamos para criar um mundo sem doenças. Transformar vidas buscando maneiras novas e melhores de prevenir, interceptar, tratar e curar doenças nos inspira. Nós reunimos as melhores mentes e buscamos as mais promissoras inovações científicas. Somos a Janssen. Colaboramos com o mundo para a saúde de todos. Para saber mais acesse: www.janssen.com. Siga a Janssen no Facebook e LinkedIn, e a J&J Carreiras no Facebook.

 

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