Após tumultuar atendimento e constranger servidores no Hospital, Julinho é denunciado na Polícia Civil

Comentarista de rádio espalhou áudios e textos sobre o HRV sem checar informações.

Prefeitura de Vilhena
Publicada em 21 de fevereiro de 2019 às 14:33
Após tumultuar atendimento e constranger servidores no Hospital, Julinho é denunciado na Polícia Civil

HOSPITAL tem estoque cheio de alimentos, mais de 20 tipos de agulhas e medicamentos: mentiras viram denúncia

Nos últimos três dias, em diversos canais de comunicação, o comentarista Julinho da Rádio se esforçou em constranger os servidores do Hospital Regional de Vilhena (HRV) e também em tumultuar o atendimento na unidade ao espalhar informações inverídicas sobre a alimentação dos pacientes. As denúncias improcedentes inquietaram famílias de pacientes e profissionais de Saúde, o que motivou denúncia formal na Polícia Civil da direção do hospital contra o próprio comentarista.

Apesar de os estoques estarem repletos de alimentos e as refeições sendo preparadas normalmente com cardápio definido por nutricionista, Julinho distribuiu mensagens dizendo que os pacientes estavam sem janta. Desmentido no ato por internos do Hospital e familiares de enfermos, Julinho passou a fazer mais acusações infundadas, sem checar as informações, já que está em Brasília (DF).

“Temos hoje mais de 20 tipos de agulhas diferentes no Hospital, para atender às várias necessidades de crianças, adultos e idosos, tanto para soro como para sangue e outros procedimentos. Portanto as acusações de falta de agulha para soro dele também não poderiam ser mais mentirosas”, revela Faiçal Akkari, diretor do Hospital.

O comentarista de rádio também repetiu em vários grupos que a unidade hospitalar está sem remédios e que “falta tudo”. Por outro lado, em visita ao estoque da farmácia é fácil observar que há abundância de medicamentos.

Contando hoje com cerca de 550 profissionais, o Hospital Regional de Vilhena realiza cerca de 300 atendimentos por dia e até 3 mil exames de toda a população do Cone Sul e Norte do Mato Grosso, que soma cerca de 250 mil pessoas. A direção explica que informações mentirosas sobre situações delicadas dentro do atendimento de Saúde prejudicam o bom atendimento, consomem tempo da equipe do Hospital e inquietam desnecessariamente os pacientes, bem como seus familiares e amigos.

DENÚNCIA - Essas consequências negativas das sucessivas mensagens que distorcem a realidade motivaram a direção do Hospital à procurar assessoria jurídica para tomar medidas legais contra o comentarista. Foi lavrado Boletim de Ocorrência na Polícia Civil, no qual Faiçal expõe de forma sucinta o problema, revelando que Julinho impôs constrangimento à direção e aos servidores, acusando-os de negligência, além de tumultuar a unidade espalhando inverdades aos enfermos e seus parentes, sem checar as informações.

DESMENTIDO - Nas duas ocasiões, tanto no dia 19 como no dia 20, as acusações em áudio e texto do comentarista foram desmentidas no mesmo momento em alguns dos grupos. Um deles foi o líder comunitário Fábio Adriano Coelho, “O Vilhenense”. “Passei lá no Regional e estava normal a questão da comida, meu cunhado está lá na pediatria e estava normal. Minha irmã também estava lá com ele e garantiu que ele jantou normalmente”, explicou o vendedor, que hoje, dia 21, gravou vídeo direto da cozinha durante a preparação das refeições.

Servidores do Hospital também fotografaram simultaneamente às críticas o estoque de alimentos e os atendimentos na unidade, divulgando a situação normal da unidade, contrária às supostas denúncias.

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