As eleições gerais e o voto útil do funcionário público no representante certo
É hora, pois, de dar um tranco nessa brutal realidade que reina, no tocante a instabilidade da carreira pública, e nessa constante insatisfação que hoje permeia a vida do servidor
As eleições deste ano estão cada vez mais próximas e a cada dia que passa, fica mais evidente que o funcionário público deve colocar seu voto útil nas urnas, elegendo representantes dignos, realmente identificados com a defesa dos interesses da categoria a qual pertence.
Senão vejamos: A PEC da Reforma Administrativa, por exemplo, em tramitação nos bastidores da Câmara Federal, flexibiliza e terceiriza serviços essenciais e liquida com o serviço público, porque concentra no Executivo, prerrogativas inúmeras por Decreto Autônomo, para mudar a estrutura da Administração Pública de acordo ao seu “bel prazer”, ou seja, de acordo com sua vontade.
Com isso, ela atinge em cheio a classe do servidor público das três esferas de poder, com exceção de magistrados, promotores, políticos e militares, e facilita a perda do cargo, com avaliação de desempenho que deverá ser regulamentada posteriormente através de Lei Ordinária.
No bojo do texto desta PEC, se aprovada, restará ao servidor a exoneração sumária, não apenas só por decisão transitada em julgado, mas também, por sentença de órgão colegiado na segunda instância, depois de anos de sua vida dedicados em servir a coletividade.
Como se observa, a PEC é perversa, proíbe sobretudo direitos e serviços já garantidos como adicional de licença por tempo de serviço, anuênio, licença prêmio, progressão ou promoção por tempo de serviço e outras incorporações, sem dar chance de defesa àqueles que fazem a máquina funcionar, muitas das vezes com o sacrifício de sua própria saúde.
Além de tudo, a Proposta ainda retira a preferência para que servidor de carreira ocupe cargo de liderança e assessoramento, conforme preceitua a Constituição Federal, sem contar que atinge frontalmente o regime de previdência.
Por outro lado, da grande maioria da classe política, o que se vê, é apenas o “nojo” aos interesses dos servidores, muitos dos quais agindo às escuras ou na cara do funcionalismo, em defesa do capital e nunca do trabalho.
De certo, a ação e mobilização dos sindicatos em Brasília e mesmo nas capitais, dentre estes o SINJUR, tem sido bastante elogiada, mas será muito pouco se o servidor não ficar atento e ainda reconduzir figuras carreiristas, sabidamente defensoras apenas dos seus interesses pessoais ou de grandes corporações.
É imperioso, portanto, que os servidores públicos, dialoguem com seus representantes e elejam no pleito que se avizinha, nomes mais identificados na defesa de seus interesses, ou mesmo, convencendo os parlamentares atuais, do quão será danosa a aprovação dessa PEC para a vida dos servidores.
É hora, pois, de dar um tranco nessa brutal realidade que reina, no tocante a instabilidade da carreira pública, e nessa constante insatisfação que hoje permeia a vida do servidor.
O SINJUR tem feito a sua parte, seja participando das plenárias na FENAJUD, ou nas mobilizações ocorridas em Brasília para derrotar a PEC. Mas, a força do servidor é essencial, se mobilizando e arregaçando as mangas para uma perspectiva de defesa dos Serviços Públicos de qualidade para a população.
E o remédio eficaz para combater esse mal que se instalou, é o voto de qualidade nas eleições de outubro, a fim de desenhar de fato no bojo da proposta, a real situação do servidor brasileiro, que hoje vive na corda bamba e sem saber a quem recorrer da classe política, na hora de sua imperiosa precisão.
Ou votamos certo. Ou pagamos o preço da desinteligência de jogar o voto nas urnas de qualquer jeito.
É tempo de reflexão!
Artigo de autoria da Coordenadora Regional Norte da Fenajud, Diretora presidente do Sinjur-RO, Gislaine Caldeira.
Casa Civil agenda reunião com Sintero para tratar da pauta de valorização da categoria
A pauta de valorização dos trabalhadores/as em educação foi elaborada a partir das reivindicações da categoria e leva em consideração as metas do Plano Nacional de Educação
Reflexos da Reforma Previdenciária já atingem os servidores aposentados de Rondônia
Apesar da luta contra as alterações propostas, através do movimento dos Sindicatos Unidos de Rondônia, as novas regras tiveram aval da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE/RO)
OAB arrecada donativos para famílias atingidas pela enchente em Cacoal
A ação está sendo desenvolvida em parceria com a Prefeitura de Cacoal, por meio da Secretaria de Assistência Social
Comentários
Excelente abordagem! O atual governo, apoiado pelos parlamentares federais cooptados pelo grande capital e empresas que desejam atuar como "terceirizadas" no serviço público, estão desmontando o serviço público. É hora de todos os servidores públicos, das três esferas de poder, unirem forças em favor do Brasil. A quem interessa a terceirização desenfreada? A políticos corruptos que conseguem inserir nos quadros da administração pública, sem concurso, seus apaniguados, na maioria incompetentes e desonestos. Temos que dar um basta nessa desastrosa (para todo o Brasil) ação política, que retira da administração pública os excelentes profissionais que lá chegaram via concurso, e que acumulam competência e experiência. Que esses políticos sejam identificados e seus nomes divulgados para o país inteiro. E que levem um sonoro chute na região glútea nas próximas eleições.
Os servidores estão esperando ele , foi um estupido que não- faz falta a ninguem
Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook