Aumenta o número de crimes digitais em Cerejeiras e delegado orienta como evitar cair no golpe: 'não se deixe levar pela pressão'

WhatsApp clonado e “golpe da novinha” são algumas das modalidades que fazem vítimas no município

Rildo Costa/Folha do Sul
Publicada em 21 de setembro de 2021 às 18:01
Aumenta o número de crimes digitais em Cerejeiras e delegado orienta como evitar cair no golpe: 'não se deixe levar pela pressão'

O delegado da Polícia Civil de Cerejeiras, Mayckon Pereira, tem uma pilha de pastas sobre a sua mesa. Cada uma delas é um caso registrado na delegacia. Uma ocorrência em particular tem chamado a atenção nos últimos tempos: os crimes cibernéticos.
 
“Cresceram muito os golpes digitais nos últimos tempos, especialmente durante a pandemia”, disse o delegado. E explica: “Os crimes cibernéticos são fáceis de ser praticados e difíceis de ser desvendados”.
 
Dentre os crimes praticados pela internet contra cidadãos do município estão os seguintes: WhatsApp clonado, tentativa de extorsão pelo WhatsApp sem ser por clonagem (a pessoa se passa por um conhecido da vítima e diz que trocou de número), o famoso “golpe da novinha”, empréstimos fraudulentos, e o mais recente, o “golpe do cartório”, que tentou  fazer pelo menos quatro vítimas no município, dentre outras modalidades.
 
“Praticamente todos os golpes são praticados por criminosos de fora, mas são aplicados em vítimas que moram aqui. Então, na hora da apuração destes crimes, fica difícil, pois às vezes o criminoso usou um CPF de Goiás, um número de telefone da Bahia, mas o estelionatário mora em São Paulo, por exemplo. Para desvendar e vir a prender este criminoso é uma batalha muito difícil”, diz o delegado.
 
Mayckon Pereira explica também que as facilidades que as empresas oferecem, como em abrir cadastro pela internet, facilitam as ações dos criminosos. “As companhias poderiam reforçar um pouco mais a segurança nas transações online e na abertura de cadastro e linhas de crédito, por exemplo”.
 
Por fim, o delegado da Polícia Civil de Cerejeiras destaca que o cidadão pode, ele mesmo, prevenir os crimes virtuais e dá uma dica: “Os bandidos exigem pressa. Por exemplo, eles entram em contato e pedem o pagamento de um boleto com urgência, se passando por um familiar. O que temos que aprender é ter calma e não fazer nenhuma transferência, depósito ou pagamento na pressa. Verifique muito bem antes de fazer qualquer transação financeira. Não se deixe levar pela pressão. Só essa atitude já ajuda muito a prevenção aos golpes cibernéticos”.

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