Caminhoneiro revela que matou comerciante com a própria arma em Vilhena; veja detalhes do depoimento

Após ser ouvido, autor dos disparos foi liberado; esposa se mudou da cidade.

Da redação/Folha do Sul
Publicada em 14 de maio de 2019 às 10:13
Caminhoneiro revela que matou comerciante com a própria arma em Vilhena; veja detalhes do depoimento

O FOLHA DO SUL ON LINE obteve detalhes sobre a discussão e a briga que terminaram com o dono de um restaurante assassinado a tiros num trecho da BR 364, a cerca de 25 km de Vilhena. O site publicou, em primeira mão, o episódio registrado na noite de sábado, 11, quando o comerciante Edemilson Gomes dos Santos (FOTO), de 42 anos, foi atingido por dois disparos e morreu antes de ser socorrido. Lembre aqui.

O autor dos disparos é o caminhoneiro Juracy Pereira, 43 anos, morador de Vilhena, que já se apresentou na manhã desta segunda-feira, 13, foi ouvido na Unisp e liberado para entregar um carregamento de combustível em Várzea Grande (MT). Ele deverá ser ouvido novamente. Temendo retaliações, Juracy já fez com que a esposa se mudasse de Vilhena e ele próprio também deve deixar a cidade.

Acompanhado dos criminalistas João Paulo das Virgens e Paulo Duarte, o caminhoneiro disse, em seu depoimento, que agiu em legítima defesa e também para evitar a morte do colega Rogério Miguel Fagundes, que foi esfaqueado na barriga pelo dono do restaurante “Chapa Quente” e continua internado no Hospital Regional de Vilhena, mas já fora de perigo.

De acordo com a versão de Juracy, ele e Rogério haviam parado para jantar no restaurante de Edemilson. Aquela era a terceira parada deles no local. No meio da refeição, o dono do comércio ficou nervoso com um caminhão estacionado atravessado no pátio e, pensando que o veículo pertencesse ao vilhenense, foi tirar satisfações. 

Depois de discutir com os dois motoristas, o dono do estabelecimento agarrou Juracy, com quem trocara agressões físicas, antes de arrastá-lo onde estava o caminhão estacionado enviesado. Detalhe: o dono deste caminhão, carregado de madeira, estava na cabine, mas nem desceu.

Na tentativa de acabar com a briga, Rogério tentou conter Edemilson, mas teria levado um soco e uma coronhada dele. Na luta corporal, o revólver em poder do comerciante voou longe, mas ele armou-se com um canivete e desferiu o golpe na barriga do outro.

Temendo que o colega morresse, Juracy pegou a arma caída e alertou o dono do restaurante para não avançar, senão ele atiraria. O outro não obedeceu e partiu pra cima, momento em que o caminhoneiro apertou o gatilho três vezes, atingindo a vítima com dois disparos. A morte, com disparos da própria arma foi imediata.

Na sequência, o autor dos disparos pegou nos braços o colega esfaqueado, colocou em seu caminhão e o trouxe até o Hospital Regional. Na unidade, ele se apresentou e deixou o ferido. Como não havia policiais no local, ele foi para casa, mas ligou no número 190, de emergência da PM, para avisar sobre o tiroteio. Neste momento, ele ainda não sabia que Edemilson, que era conhecido como “Cabelo”, havia morrido.

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