Campos Neto não pratica ortodoxia econômica, mas terrorismo financeiro

"Esta política absurda só encontra justificativa na estratégia de terrorismo financeiro de Campos Neto para travar a economia e sabotar o governo", diz Miola

Jeferson Miola
Publicada em 22 de junho de 2023 às 16:35
Campos Neto não pratica ortodoxia econômica, mas terrorismo financeiro

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O sabotador bolsonarista do Banco Central manteve os juros na estratosfera, de 13,75%, diante de uma inflação acumulada de 3,94% nos últimos 12 meses.

Isso significa ganhos financeiros reais, acima da inflação, de quase 10% ao ano. De longe a maior taxa do mundo, que faz do Brasil o reino do parasitismo financeiro no planeta Terra.

Sob qualquer ângulo da realidade econômica brasileira esta política de juros é injustificável. O desempenho econômico rapidamente alcançado pelo governo Lula é indiscutível, tanto que em poucos meses já conseguiu diminuir o grau de risco do Brasil.

Além do enorme consenso existente a respeito da política obscena do Banco Central, há também um grande clamor pela baixa imediata dos juros no país. Tudo isso, no entanto, não comove o sabotador bolsonarista do Banco Central.

Nem mesmo na cartilha da ortodoxia neoliberal se encontra alguma explicação para a manutenção dos juros nesses patamares..

Esta política absurda só encontra justificativa na estratégia de terrorismo financeiro de Campos Neto para travar a economia e sabotar o governo Lula.

E esta escolha também gera, é claro, ganhos formidáveis para o rentismo por meio da rapinagem.

Considerando o estoque da dívida pública, a cada 1% de juros, cerca de 70 bilhões de reais que poderiam ser alocados nos orçamentos do SUS, educação, ciência & tecnologia, obras e investimentos prioritários são desviados do Tesouro Nacional para os bolsos de rentistas, financistas e parasitas do gênero na forma de pagamento de juros e serviços da dívida.

Campos Neto mostra a verdadeira natureza da sua gestão no Banco Central, que é independente e indiferente em relação ao governo, à população brasileira e aos interesses nacionais, e totalmente servil à pilhagem do capital financeiro e ao terrorismo da extrema-direita ultraliberal que sabota o governo Lula.

Jeferson Miola

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