Casa de Acolhida Esperança vem mudando a vida de imigrantes que chegam a Porto Velho

Local oferta abrigo e chances de inserção no mercado de trabalho local

Texto: Pedro Bentes Foto: Felipe Ribeiro
Publicada em 02 de junho de 2023 às 14:51

Mais de 500 pessoas já foram acolhidas pela casa desde sua inauguração, em abril de 2022Mais de 500 pessoas já foram acolhidas pela casa desde sua inauguração, em abril de 2022

É com dedicação ao bem-estar de outros imigrantes que Xionara Barrillo, cubana de 51 anos, está construindo sua vida em Porto Velho. A caribenha é uma entre centenas de imigrantes que tiveram a vida transformada após passagem pela Casa de Acolhida Esperança, espaço mantido em parceria com a Prefeitura da capital.

“Cheguei a Porto Velho em janeiro deste ano e fui muito bem acolhida por todos. Recebi o convite para trabalhar aqui na própria casa como auxiliar de serviços gerais e hoje tenho um emprego remunerado. Todo esse apoio aqui me motiva a seguir com o meu sonho que é voltar a exercer a Enfermagem”, afirma Xionara.

A história da cubana é o retrato de um novo perfil migratório vivenciado por Porto Velho. Antes conhecida como local de passagem, a capital hoje é opção de muitos imigrantes que optam por construir suas vidas na cidade.

História da cubana Xionara é o retrato de um novo perfil migratório vivenciado por Porto VelhoHistória da cubana Xionara é o retrato de um novo perfil migratório vivenciado por Porto Velho

“Mais de 500 pessoas de diversos países já passaram pela casa desde a inauguração. No auge da chegada de imigrantes, principalmente da Venezuela, vimos que muitos deles enxergavam Porto Velho somente como um local de passagem. Já hoje, boa parte deles optou por permanecer aqui e tentar construir suas vidas”, explica João Paulo Carvalho, diretor da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) que mantém a Casa de Acolhida Esperança com apoio do município.

PARCERIA

Inaugurado em abril de 2022, o local se mantém com repasse financeiro da Prefeitura. Além disso, o município também viabiliza o encaminhamento dos imigrantes à empregabilidade, por meio do Sine Municipal, e serviços ofertados pelo Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Cras).

Local tem capacidade para acolher 40 pessoas, com dormitórios e refeições diáriasLocal tem capacidade para acolher 40 pessoas, com dormitórios e refeições diárias

“Nós acreditamos que quando nos unimos a instituições sérias, como a ADRA, conseguimos ofertar um serviço melhor e a Casa de Acolhida Esperança é resultado disso. Abraçamos essa proposta e hoje contribuímos para a mudança de vida desses imigrantes”, explica o titular da Secretaria Municipal de Assistência Social e da Família (Semasf), Claudi Rocha.

CONQUISTA

O local, na região central de Porto Velho, tem capacidade para acolher 40 pessoas com dormitórios e refeições diárias. A mais recente conquista foi a parceria com empresas locais que vem garantindo a empregabilidade de boa parte dos imigrantes que chegam à casa.

“Muitos dos imigrantes que chegam aqui não possuem muita qualificação, por isso, temos buscado sanar isso por meio de cursos profissionalizantes e parcerias com empresas que absorvem essa mão de obra. Muitos deles já estão com carteira assinada em indústrias aqui do estado e em empresas do comércio da capital. Mas com certeza não teríamos essas condições sem o apoio da Prefeitura”, finaliza o diretor da ADRA.

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