Casa de Acolhida Esperança vem mudando a vida de imigrantes que chegam a Porto Velho
Local oferta abrigo e chances de inserção no mercado de trabalho local
Mais de 500 pessoas já foram acolhidas pela casa desde sua inauguração, em abril de 2022
É com dedicação ao bem-estar de outros imigrantes que Xionara Barrillo, cubana de 51 anos, está construindo sua vida em Porto Velho. A caribenha é uma entre centenas de imigrantes que tiveram a vida transformada após passagem pela Casa de Acolhida Esperança, espaço mantido em parceria com a Prefeitura da capital.
“Cheguei a Porto Velho em janeiro deste ano e fui muito bem acolhida por todos. Recebi o convite para trabalhar aqui na própria casa como auxiliar de serviços gerais e hoje tenho um emprego remunerado. Todo esse apoio aqui me motiva a seguir com o meu sonho que é voltar a exercer a Enfermagem”, afirma Xionara.
A história da cubana é o retrato de um novo perfil migratório vivenciado por Porto Velho. Antes conhecida como local de passagem, a capital hoje é opção de muitos imigrantes que optam por construir suas vidas na cidade.
História da cubana Xionara é o retrato de um novo perfil migratório vivenciado por Porto Velho
“Mais de 500 pessoas de diversos países já passaram pela casa desde a inauguração. No auge da chegada de imigrantes, principalmente da Venezuela, vimos que muitos deles enxergavam Porto Velho somente como um local de passagem. Já hoje, boa parte deles optou por permanecer aqui e tentar construir suas vidas”, explica João Paulo Carvalho, diretor da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) que mantém a Casa de Acolhida Esperança com apoio do município.
PARCERIA
Inaugurado em abril de 2022, o local se mantém com repasse financeiro da Prefeitura. Além disso, o município também viabiliza o encaminhamento dos imigrantes à empregabilidade, por meio do Sine Municipal, e serviços ofertados pelo Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Cras).
Local tem capacidade para acolher 40 pessoas, com dormitórios e refeições diárias
“Nós acreditamos que quando nos unimos a instituições sérias, como a ADRA, conseguimos ofertar um serviço melhor e a Casa de Acolhida Esperança é resultado disso. Abraçamos essa proposta e hoje contribuímos para a mudança de vida desses imigrantes”, explica o titular da Secretaria Municipal de Assistência Social e da Família (Semasf), Claudi Rocha.
CONQUISTA
O local, na região central de Porto Velho, tem capacidade para acolher 40 pessoas com dormitórios e refeições diárias. A mais recente conquista foi a parceria com empresas locais que vem garantindo a empregabilidade de boa parte dos imigrantes que chegam à casa.
“Muitos dos imigrantes que chegam aqui não possuem muita qualificação, por isso, temos buscado sanar isso por meio de cursos profissionalizantes e parcerias com empresas que absorvem essa mão de obra. Muitos deles já estão com carteira assinada em indústrias aqui do estado e em empresas do comércio da capital. Mas com certeza não teríamos essas condições sem o apoio da Prefeitura”, finaliza o diretor da ADRA.
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