Com o fim de escolas, militares da reserva perdem bônus mensal de até R$ 9 mil

Em alguns casos, esses bônus superavam o piso salarial dos professores da rede pública no Brasil, que atualmente é de R$ 4,4 mil

Tudorondonia/Foto: Reprodução/Internet
Publicada em 13 de julho de 2023 às 16:55
Com o fim de escolas, militares da reserva perdem bônus mensal de até R$ 9 mil

O Programa de Escolas Cívico-Militares (Pecim) foi encerrado, o que resultará na perda de um bônus mensal para os militares da reserva que trabalhavam em escolas ligadas ao programa. Este bônus variava, chegando a até R$ 9 mil, conforme a patente. Essas informações foram reveladas em uma nota técnica do Ministério da Educação (MEC), acessada pelo UOL.

O anúncio de encerramento do programa, que vinculava mais de 200 escolas em todo o país, foi feito pelo governo Lula (PT) através de um ofício enviado aos secretários da Educação. Dos 892 militares da reserva que trabalhavam nessas escolas, 868 atuavam diretamente no ambiente escolar, enquanto 10 ocupavam posições no MEC e no Ministério da Defesa. Além disso, 14 desempenhavam funções de coordenação ou subcoordenação regionais.

Os militares da reserva, além de suas aposentadorias, recebiam bônus, como auxílio-alimentação, adicional natalino e férias. O valor mais elevado dos bônus era pago aos coronéis (R$ 9,1 mil), enquanto o valor mais baixo destinava-se aos terceiro-sargentos (aproximadamente R$ 2,6 mil). Em alguns casos, esses bônus superavam o piso salarial dos professores da rede pública no Brasil, que atualmente é de R$ 4,4 mil.

O Pecim, inicialmente implementado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), um ex-militar, tem funcionado desde os anos 1990. No entanto, o encerramento do programa se deu devido à subutilização do orçamento destinado ao Pecim, como citado pelo MEC. Entre 2020 e 2022, dos R$ 98 milhões destinados, apenas R$ 245 mil foram realmente utilizados.

No entanto, no mesmo período, R$ 98 milhões foram gastos com os bônus dos militares da reserva. Para 2023, a previsão era de R$ 86 milhões. Camilo Santana, ministro da Educação, reiterou a transição do modelo cívico-militar para o regular.

Com o fim do programa federal, alguns estados, como São Paulo e Paraná, ambos aliados a Bolsonaro, anunciaram que assumirão as escolas vinculadas ao Pecim. No Paraná, por exemplo, policiais militares já atuam em escolas estaduais cívico-militares.

Com informações do UOL

Comentários

  • 1
    image
    Socorro 13/07/2023

    Fim da mamata? A mamata está em cadeiras mais altas...

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