No Dia Internacional da Mulher, em sessão especial de homenagens na Câmara de Vereadores de Porto Velho, os componentes da rede de apoio e enfrentamento a violência doméstica, dentre eles a Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça de Rondônia, manifestaram-se de forma a sensibilizar a sociedade para combater a triste realidade que provoca vítimas de violência física, emocional, psicológica, patrimonial e, em casos extremos, o feminicídio.

Representando o coordenador da Coordenadoria de Mulher, desembargador Álvaro Kalix Ferro, a psicóloga Aline Dantas e a assessora jurídica Ana Paula Marques Rodrigues participaram da sessão e foram convidadas a se pronunciar, esclarecendo o papel do Judiciário na rede de acolhimento à mulher vítima de violência.

Experiências exitosas como os programas desenvolvidos pelo Poder Judiciário ao longo dos anos como o Abraço, que trabalha com homens autores de violência e mulheres vítimas, demonstram que o foco na mudança de cultura pode ser a saída para evitar reincidência.

“Precisamos pensar os aspectos culturais para que consigamos relações respeitosas e equidade. Temos de celebrar o 8 de Março de maneira reflexiva, que o significado desta data tem”, destacou Aline Dantas.

A assessora jurídica da Coordenadoria ressaltou que os direitos da mulher constituem um verdadeiro bloco de direitos humanos e fundamentais. “A tolerância a qualquer modo de violência, de qualquer natureza, constitui aberta afronta a esses direitos”, pontuou Ana Paula. 

Destacou, ainda, que, por ser reconhecidamente uma questão de direitos humanos, carece de uma atenção especial do Estado, por meio de suas instituições. “Datas como essa são de extrema relevância, pois ajudam a despertar na sociedade e a reforçar nas instituições o quão importante é promover e resguardar os direitos da mulher, bem como coibir e, também, prevenir todas as formas de violência contra a mulher”, defendeu.