FT Greenfield envia três ações de improbidade contra 26 ex-gestores de fundos de pensão por gestão temerária

Denúncia apontou prejuízos de mais de R$ 5 bilhões aos fundos Funcef, Petros e Previ no caso FIP Sondas

Assessoria de Comunicação Procuradoria da República no Distrito Federal
Publicada em 13 de abril de 2020 às 14:10
FT Greenfield envia três ações de improbidade contra 26 ex-gestores de fundos de pensão por gestão temerária

A Força-Tarefa Greenfield entrou com três ações de improbidade administrativa contra 26 ex-dirigentes dos fundos de pensão Funcef, Petros e Previ. No início do ano, eles foram denunciados por gestão temerária que causou prejuízo de mais de R$ 5 bilhões ao autorizarem, sem as devidas diligências, investimentos no FIP Sondas, pertencente à empresa Sete Brasil. O MPF pede reparações por danos coletivos e sociais difusos.

A denúncia criminal, apresentada em janeiro deste ano, aponta crimes praticados entre 2011 e 2012 e consumados até 2016, quando ocorreram os últimos aportes no FIP Sondas. Os gestores dos fundos de pensão autorizaram o investimento em duas etapas na Sete Brasil. Foram ignorados os riscos dos investimentos, as diretrizes do mercado financeiro, do Conselho Nacional Monetário, dos próprios regimentos internos, bem como não foram realizados estudos de viabilidade sobre os aportes. Petros e Funcef continuaram a investir no FIP Sondas apesar de o cronograma ter apresentado atrasos já na primeira etapa e do incremento de mais riscos.

As investigações revelaram que a escolha dos fundos de pensão como investidores propiciou aplicação de recursos bilionários em pouco tempo, “sem maiores cuidados e diligência, sem muita cautela e sem a preocupação real com o cumprimento dos deveres fiduciários esperados dos gestores de capitais de terceiros”.

A ação de improbidade relacionada ao Funcef aponta dez pessoas e pede mais de R$ 7 bilhões em reparações civis; a relacionada ao Petros acusa 12 pessoas por gestão temerária e requer o ressarcimento de R$ 7,22 bilhões; a ação envolvendo os gestores da Previ tem quatro acusados e deve reparar as vítimas e a sociedade em quase R$ 1 bilhão.

As ações tramitam sob os números 1021249-09.2020.4.01.3400 , 1021262-08.2020.4.01.3400 e 1021276-89.2020.4.01.3400 e aguardam o recebimento na Justiça do Distrito Federal.

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