Hospital Santa Marcelina é um dos beneficiados com os recursos das penas pecuniárias

Inaugurado em 13 de setembro de 1954, no km 17 da BR 364, no antigo território federal do Guaporé, Estado de Rondônia a “Colônia Jaime Abem Athar”, tinha por finalidade segregar portadores de hanseníase

Assessoria de Comunicação Institucional
Publicada em 26 de dezembro de 2019 às 11:40

Dentre as instituições beneficiadas com recursos das penas pecuniárias repassadas pela Vepema, Vara de penas alternativas, uma se destaca pelo trabalho longevo e dedicado ao próximo. Trata-se do hospital Santa Marcelina, uma referência no tratamento de hanseníase, confecção de órteses e próteses, saúde auditiva e visual.  

Inaugurado em 13 de setembro de 1954, no km 17 da BR 364, no antigo território federal do Guaporé, Estado de Rondônia a “Colônia Jaime Abem Athar”, tinha por finalidade segregar portadores de hanseníase. Em 1975, as Irmãs Marcelinas assumiram a administração e o desafio de um novo campo de trabalho. Os doentes passaram a ser tratados com dignidade. Com 57 anos de atuação, a ex-colônia se transformou no Hospital Santa Marcelina, localizado numa área de 300 hectares.

Os dois projetos mais recentes beneficiados com recursos repassados pelo judiciário foram para adquirir macas especializadas para pacientes especiais e da UTI e material de papelaria e expediente para o hospital, esse último, uma importante contribuição para adequar a unidade às exigências do SUS.

“Temos uma excelente parceria com a Vepema, que faz essa destinação de recursos. Procuramos sempre manter as portas abertas, apresentando os projetos, e, quando recebemos o repasse, prestamos conta. Procuramos não exagerar nos pedidos porque sabemos que não somos os únicos que precisamos”, explica a irmã Lina Biel, diretora do hospital.

Visita de magistrados

Para agradecer a parceria e apresentar o trabalho da instituição, o hospital recebeu o presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia, desembargador Walter Waltenberg, para uma visita especial, ocorrida em setembro. “Conheço isso aqui por mais de vinte anos e tenho uma admiração imensa por esse trabalho, que é feito com muito amor e carinho, mas também com muita competência, dedicação. Essas irmãs são verdadeiras empreendedoras. Tenho muito orgulho do trabalho que elas desenvolvem. São pessoas fantásticas, honradíssimas e bem-intencionadas. Esse trabalho merece o apoio e a dedicação de toda a população do estado e de todo o país”, destacou o presidente.

Além dele, mais dois magistrados, os juízes Úrsula Gonçalves e Edenir Albuquerque, também acompanharam a vista às oficinas de próteses, trabalho feito sob medida para os pacientes. Dentre as diversas salas e equipamentos utilizados para confeccionar cada peça a que mais impressionou os juízes foi a impressora em 3D utilizada para produzir braços e mãos que podem melhorar a autonomia dos pacientes, já que têm como características a possibilidade de movimentos e articulações.

“O Hospital Santa Marcelina é uma referência em diversos campos, principalmente a hanseníase, que é o foco principal, o início de tudo, mas também no campo das órteses e próteses, e agora a tecnologia de impressão 3D está fazendo uma revolução aqui dentro. Isso para nós é motivo de grande orgulho”, salientou Waltenberg.

Depois de visitar as oficinas e as dependências do hospital, os magistrados foram convidados para um café da tarde, como forma de agradecimento à parceria. Na ocasião, foi exibido um vídeo sobre a instituições e também foram feitas apresentações musicais, além de falas de agradecimentos e reconhecimento pela importante ajuda.

Outro aspecto observado pelos visitantes foi a exposição de produtos confeccionados pelos acompanhantes de pacientes que também recebem capacitações diversas para complementar a renda e ajudar em momentos de dificuldade. Outra faceta da instituição, que procura ter um olhar amplo sobre o ser humano. “Sempre tivemos vontade de convidar os magistrados, porque sabemos que eles se movimentos muito, mudam de lugar de trabalho. Consideramos importante que todos conheçam essa obra e se voltem um pouco mais para o outro”, finalizou irmã Lina.

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