I Fonacor encerra com assinatura da Carta de Brasília
A realização do Fonacor foi um sonho realizado. Os corregedores aprovaram a Carta de Brasília e agora vamos trabalhar para colocar tudo aquilo que foi discutido em prática.
FONACOR – I Fórum Nacional das Corregedorias.Foto: Luiz Silveira/ Agência CNJ
Após dois dias de intenso debate, troca de experiências e informações, o I Fórum Nacional de Corregedorias (Fonacor) teve suas atividades concluídas com a assinatura da Carta de Brasília, na qual os corregedores de todo o país se comprometeram em levar para os seus estados todo o conhecimento adquirido no evento e a colocar em prática as deliberações decorrentes do que foi debatido.
Ainda na tarde desta quinta-feira (27/6), durante as oficinas de trabalho, as corregedorias estaduais, divididas por áreas de atuação, foram ouvidas pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, e pelos juízes auxiliares da Corregedoria Nacional. Na oportunidade, os magistrados puderam expor dificuldades enfrentadas em seus estados, sugerir melhorias e tirar dúvidas a respeito de decisões e atos da corregedoria nacional.
Mesma linguagem
“Este é um momento ímpar da magistratura nacional. É um momento em que o corregedor nacional, em um pensamento administrativo, de governança e de gestão, pensa em uniformizar todas as corregedorias do Brasil. O corregedor quer que a linguagem que se fala lá no Amazonas também seja falada no Rio Grande do Sul, para que nenhum Poder Judiciário, nenhuma corregedoria, seja melhor do que a outra. Está de parabéns o Conselho Nacional de Justiça, está de parabéns o nosso corregedor nacional com esse pensamento de unificação”, disse o corregedor-geral do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), desembargador Marcelo Carvalho Silva.
“Nós, corregedores, estávamos ansiosos para que essa data chegasse. O fórum foi muito importante, esclarecedor, um incentivo para a gente continuar o nosso trabalho. A instalação do PJeCorr é o que eu mais esperava na minha gestão, então, finalmente, ele veio. Gostaria de agradecer ao ministro Humberto Martins por essa iniciativa. O CNJ está de parabéns e o corregedor nacional também”, acrescentou a corregedora-geral do Tribunal de Justiça da Bahia, Lisbete Maria Teixeira Almeida.
Deliberações
De acordo com as deliberações constantes da Carta de Brasília, os corregedores deverão estimular os tribunais de Justiça dos estados a cumprirem as metas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), assim como cobrar o cumprimento dos prazos previstos na Resolução n.º 185 do CNJ, para que seja implantado o Processo Judicial Eletrônico (Pje)em suas cortes.
Outros pontos destacados no documento foi o incentivo à fiscalização da atividade notarial e registral, por meio de processo eletrônico; e a observância do prazo de 100 dias para movimentação dos processos prioritários e críticos.
PJeCor
Um importante passo para a implantação do sistema PJeCor, que vai integrar todas as corregedorias do país e possibilitar a tramitação dos processos correicionais em uma única plataforma, também foi dado no I Fonacor, com a instituição do grupo de trabalho responsável pelo desenvolvimento do sistema.
O projeto piloto será implementado inicialmente no Rio Grande do Norte, no período de 15 de julho a 30 de agosto. Em seguida, o sistema também será testado nos tribunais de Justiça do Rio de Janeiro, Pará, Bahia, Paraná, Paraíba, TRF1 e TRT9.
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Ao encerrar o evento, o corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, destacou a excelente produtividade dos trabalhos realizados nos dois dias do evento e elogiou o engajamento de todos os corredores com objetivo comum de melhorar a prestação jurisdicional.
“A realização do Fonacor foi um sonho realizado. Os corregedores aprovaram a Carta de Brasília e agora vamos trabalhar para colocar tudo aquilo que foi discutido em prática. A cada três meses voltaremos a nos reunir e tenho a certeza que, a cada encontro, celebraremos muitas conquistas, a execução de muitas metas, mas, sobretudo, estaremos, continuamente, alimentando essa força de vontade conjunta em unir esforços para uma prestação jurisdicional à altura daquilo que o cidadão espera de nós. Magistratura forte, cidadania respeitada”, disse o corregedor nacional.
Acesse aqui a íntegra da Carta de Brasília.
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