Indígenas de Rondônia buscam desenvolvimento por meio da produção sustentável
O produtor Tambura Amondawa, um dos responsáveis pelas atividades da etnia, destaca a importância da produção de mandioca para a comunidade
Fotos: Povo Amondawa.
Agricultores indígenas do povo Amondawa vem buscando ampliar as atividades produtivas dentro da comunidade, com foco na autonomia e no desenvolvimento sustentável. Atualmente, a etnia cultiva café, cacau, mandioca e milho. A produção ocorre no território Uru Eu Wau Wau, em Rondônia, e beneficia mais de 30 famílias indígenas.
O produtor Tambura Amondawa, um dos responsáveis pelas atividades da etnia, destaca a importância da produção de mandioca para a comunidade. “Uma das nossas principais fontes de renda é a casa de farinha, na qual toda a comunidade se envolve. Escoamos a produção da farinha de mandioca para os municípios de Ji-Paraná, Ouro Preto, Mirante da Serra, Jaru e Ariquemes. Queremos aprimorar ainda mais nossa mini-indústria para aumentar nosso alcance”, comenta.
A área de plantio da mandioca dos Amondawa é de oito alqueires (cerca de sete hectares). Com o cultivo, a comunidade produz aproximadamente 200 sacas de farinha de mandioca por mês. A produção de milho é outro destaque na agricultura da etnia. Neste ano, foram colhidas cerca de 1.500 sacas do produto. Em cada roça, trabalham aproximadamente 35 produtores indígenas.
“Nós da comunidade Amondawa trabalhamos para garantir nosso próprio sustento. Nós vivemos da agricultura. Mesmo com a pandemia, não paramos de produzir, continuamos com a venda de café, milho e farinha de mandioca, e estamos trabalhando no sentido de ampliar nossos estoques e nossas roças, com sustentabilidade”, ressalta Tambura Amondowa.
Etnodesenvolvimento
Recentemente, inúmeros projetos exitosos de etnodesenvolvimento se consolidaram em diferentes regiões do país, cujo retorno para as etnias é extremamente relevante, permitindo que os indígenas conquistem espaço no mercado e alcancem independência econômica. A geração de renda de forma sustentável nas Terras Indígenas contribui para que as comunidades se tornem autossuficientes e sejam protagonistas da própria história.
Entre as principais inciativas na área estão o cultivo de grãos no Mato Grosso pelos povos Paresi, Nambikwara e ManAioki. De maneira autônoma, com o cultivo de soja, feijão e milho, entre outros, eles faturam em média R$ 20 milhões ao ano, beneficiando mais de 2 mil famílias. Hoje, as quatro principais cooperativas das etnias plantam cerca de 20 mil hectares de lavouras mecanizadas, que correspondem a apenas 1,7% da área total de duas Terras Indígenas – Utiariti e Paresi.
Outra atividade de destaque é a produção de camarão pela etnia Potiguara, na Paraíba. A carcinicultura familiar indígena em três Terras Indígenas atinge uma produção de aproximadamente 200 toneladas por ano, o que corresponde a 18,8% da produção de camarão do estado. Essa atividade produtiva gera uma renda média de R$ 900 a R$ 1.500 por família, beneficiando aproximadamente 100 famílias da etnia.
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