Líder do governo espera que Câmara mantenha decreto de armas
O Senado derrubou na noite de quarta-feira, 18, decreto do presidente Jair Bolsonaro que flexibiliza o porte de armas. A matéria será analisada agora pela Câmara
Joice Hasselmann: culpar armas pelo aumento da violência é o mesmo que culpar uma colher por engordar Michel Jesus/ Câmara dos Deputados
A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann, lamentou a decisão do Senado de derrubar ondem o decreto que flexibiliza o porte de armas e (Decreto 9785/19), editado em maio pelo presidente Jair Bolsonaro.
“Infelizmente foi derrubado, porém respeito decisão daquela Casa”, disse Hasselmann durante reunião da comissão especial da reforma da Previdência.
A deputada espera que ao discutir o projeto de decreto legislativo aprovado pelos senadores (PDL 233/19), a Câmara mantenha o decreto do governo. Ela não descarta, entretanto, que a matéria seja tratada em projeto de lei. “O importante é enfrentar esse debate”.
Distorções
Ela apontou distorções na discussão em torno da proposta e criticou o discurso que culpa as armas pelo aumento da violência. “Dá a sensação que armas têm vida e saem por aí matando sozinhas”, declarou.
A líder governista reafirmou o direito de cidadãos “de bem” poderem se defender de criminosos e chegou a dizer que culpar as armas pela violência seria o mesmo que “culpar a colher por engordar”.
“Nós desse governo defendemos liberdade de escolha”, ressaltou. Para Hasselmann, a Câmara deve enfrentar esse debate mesmo que por projeto de lei. Ela lembra também que a população foi consultada em referendo realizado em 2005 sobre a proibição do comércio de armas de fogo e munições no país e rejeitou a medida. “Ou respeitamos a população ou então não é democracia”.
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