Mais valorização, menos burocracia: empreendedores têm receita para fazer estado e país crescerem

O que os empresários querem, no geral, é que as autoridades estaduais e federais valorizem quem produz, seja em seus Estados de origem; seja em nível nacional

Sérgio Pires
Publicada em 03 de dezembro de 2019 às 09:08
Mais valorização, menos burocracia: empreendedores têm receita para fazer estado e país crescerem

Todos já sabem o quanto é difícil ser empreendedor no Brasil. Há exemplos dos mais diversos do sucesso, mas à custa não só de muito trabalho, porque, muitas vezes, são os órgãos públicos e os governos, tanto em nível estadual quanto federal, os que atrapalham as oportunidades de expansão dos negócios e da economia. Afora todos os obstáculos que são postos no caminho da busca do desenvolvimento, da melhoria dos negócios, de proporcionar mais emprego e renda, o empreendedor tem que enfrentar uma burocracia insuportável, opor vezes um labirinto sem saída, na sua luta diária para crescer. Os negócios por aqui não são diferentes do restante do país. Há muito esforço, dedicação, investimentos, mas a contrapartida oficial nunca vem no mesmo tamanho. A situação, por vezes, e tão difícil e complexa, não só com os obstáculos impostos pelos governos quanto a falta de incentivo real ao empresariado, que há os que chegam a pensar em desistir. Não o fazem por serem obstinados, acreditarem no que fazem e acham que ainda esperança de que o Brasil mude (como está mudando, embora lentamente) e que, num futuro que espera não ser longínquo, os governos deixem de atrapalhar a produção.

O caso do calcário é apenas um exemplo e a situação dele sintetiza tudo isso que o nosso Brasil vive. Vital para melhorar a produção dos alimentos que todos os dias chegam às nossas mesas, esse mineral tem sido de grande importância para o agronegócio. Não só melhora a qualidade da terra, como da água também, ainda mais num Estado com a enorme produção de peixe como é Rondônia. Impressionante como esse país não abre os olhos e nem dá o valor devido a quem o quer torná-lo muito melhor e mais justo. Está na hora de abrir os olhos para o futuro. O calcário é vital para a produção e para o agronegócio. Os resultados positivos que o mineral tem trazido às lavouras são incontestáveis.  O empresário César Cassol, por exemplo, tem trabalhado muito para que o calcário tenha o reconhecimento que merece. Tem dado duro, levando o calcário que produz não só para municípios de Rondônia e da região norte, como, ainda, está ajudando a área de fronteira com a Bolívia em tornar-se terra fértil, o que ela, absolutamente, não era. Essa batalha, muitas vezes solitária, é um exemplo concreto dessa situação, O empresário enfrenta não somente a burocracia estatal, mas, ainda, as enormes dificuldades que são impostas a todos que, como ele, produzem e fazem o Brasil crescer. O que os empresários querem, no geral, é que as autoridades estaduais e federais valorizem quem produz, seja em seus Estados de origem; seja em nível nacional.  Apoio, respeito e valorização: é só isso que os  empreendedores e rondonienses e brasileiros querem!

BOLIVIANOS E A GASOLINA A 15 REAIS

Eles atravessam com suas motos. São centenas e centenas deles. Desesperados, estão “invadindo” Guajará Mirim, em busca de gasolina. Embora em algumas regiões da Bolívia o clima de confronto tenha praticamente acabado, embora ainda haja focos aqui e aqui, no geral a situação está caminhando para a normalidade. Não na região de Beni, próximo à nossa fronteira. Ali, o desabastecimento ainda é grande e os bolivianos vêm em grande número, com suas motos, buscar combustível. O motivo é compreensível: do lado de lá da fronteira, litro pode custar até 15 reais. Segundo informou à coluna o prefeito Cícero Noronha, de Guajará Mirim, os bolivianos estão pagando caríssimo pelo o litro de gasolina. Até recentemente, antes dos confrontos que acabaram derrubando o então presidente Evo Morales, no lado deles, se comprava o mesmo combustível por cerca de 3 reais. Agora, a história mudou! Não se sabe exatamente todas as causas do problema e nem quando ele vai acabar. Mas, no final de semana, se via, em Guajará, filas imensas de motoqueiros bolivianos buscando gasolina, porque conseguiam comprar quase quatro litros aqui com o valor que estava pagando lá. A previsão é que a situação se normalize nos próximos dias.

ALIANÇA: QUEM VAI MANDAR EM RONDÔNIA?

Sinuca de bico! Assim vão ficar alguns políticos importantes de Rondônia, a partir da criação do novo partido do presidente Jair Bolsonaro, o Aliança pelo Brasil. O assunto não é difícil de compreender. O PSL do Estado está dividido em duas forças. A principal, que detém o poder e a grande parte dos aliados bolsonaristas, tem a liderança do governador Marcos Rocha. Ao lado dele está a grande maioria dos membros do partido, muitos atuando no governo estadual. De outro, a minoria, mas também com bastante força. À frente, o empresário Jaime Bagatolli, ex aliado de primeira hora de Rocha, com quem está rompido. Junto com ele, o deputado federal Coronel Chrisóstomo, único deputado federal eleito pela sigla. E agora, com os adversários regionais irão juntos para o Aliança? Bagatolli já assinou sua ficha no novo partido. Não tem nada a perder. Ele e Chrisóstomo têm divulgado que ambos foram convidados pelo próprio Bolsonaro para comandar o Aliança em Rondônia. Mas e Marcos Rocha, cada vez mais próximo do Presidente e sempre prestigiado por ele? Em breve se saberá qual a saída salomônica (se é que ela existe) que Bolsonaro apresentará para a situação de Rondônia e de seus aliados.

RAUPP E A VOLTA À POLÍTICA

Que não se diga que o ex senador Valdir Raupp não faz falta! Faz e faz muita! Mesmo os seus adversários sempre reconheceram nele uma liderança para abrir o diálogo entre todos, mas muito mais pela sua performance em conseguir recursos para praticamente todos os municípios rondonienses. Silente desde que foi derrotado nas urnas, depois de mais de duas décadas de passagens vitoriosas pela política, Raupp tem sido instado a voltar ao mundo que conhece bem e às lides que domina. Por enquanto, sua presença tem sido tímida. Participou, dias atrás, de um encontro do MDB em Ji-Paraná e vai fazê-lo, novamente, nesse final de semana, quando o partido se reúne em Ariquemes. Os encontros partidários têm sido organizados por iniciativa do ex governador e atual senador Confúcio Moura, hoje a principal estrela do partido no Estado. Será que os dois – Raupp e Confúcio – estarão juntos novamente, como estiveram durante muito tempo, antes da eleição passada?  Raupp voltará? Por enquanto, nas questões regionais do MDB, há mais perguntas que respostas. Mas o que se pode dizer com segurança é que o partido está se reconstruindo.     

CUSTO DA ENERGIA: SEBRAE ENTRA NA BRIGA

As questões envolvendo o grave problema do custo da energia elétrica em Rondônia, que é um dos motes principais da CPI da Energisa, se amplia e envolve outros órgãos, que, aparentemente, não têm ligação direta com a questão. Só aparentemente. Porque, ao entrar no debate sobre esse complexo tema, órgãos como o Sebrae, por exemplo, querem ir em busca de alternativas. Por que o Sebrae? O órgão que trabalha e defende a pequena empresa considera que o alto custo da energia pode inviabilizar milhares de negócios. E quer participar da discussão, em busca de soluções e alternativas. O superintendente do órgão no Estado, o ex governador Daniel Pereira, divulgou vídeo nessa semana, pedindo que os micros, pequenos e médios ligados de alguma forma ao Sebrae, enviem ao órgão suas contas de energia dos últimos 24 meses. Uma equipe será criada para analisar todos os gastos e sua evolução e, ao final, apontar alternativas que possam amenizar o problema. O Sebrae, segundo Daniel Pereira, precisa de informações concretas para planejar suas ações. “O Sebrae quer ajudar a você e à sua empresa, mas precisa de informações para poder fazer isso”, afirma, no vídeo. 

JOGANDO A POPULAÇÃO CONTRA A POLÍCIA

Lamentável o enorme esforço, espaço, equipes de jornalismo e uma superestrutura, utilizadas pela Rede Globo e algumas outras emissoras de TV, na ânsia de criminalizar a polícia, novamente. É algo doentio e absurdo. Uma dupla de policiais militares perseguia dois bandidos, que atiraram contra ela, próximo à favela Paraisópolis, em São Paulo. Houve tumulto por causa dos tiros, num baile Funk totalmente ilegal, que se realizava nas ruas do bairro e, nas cenas dantescas que se seguiram, nove pessoas foram pisoteadas e mortas. Para a Globo e outras emissoras, culpa dos policiais. Que não deveriam ter perseguido os bandidos. Que deveriam ter sido baleados e morrido quietinhos. Que não deveriam ter chegado perto de uma festa grotesca, regada a álcool, drogas, sexo e baderna, sem qualquer controle, como se os policiais fossem obrigados a assistir tudo de braços cruzados. Lamenta-se, é claro, a perda de tantas vidas jovens, numa tragédia que ninguém queria que acontecesse. Mas culpar a polícia por tudo o que aconteceu e fechar os olhos para que a festa é e os perigos que ela representa, com ou sem polícia, é fazr jornalismo? Ou é enganar a opinião pública com versões canalhas e mentirosas? Que cada um dê a sua resposta!

UMA DOENÇA AINDA SEM CURA

Há quem pense que a Aids não mata mais, porque há um coquetel de medicamentos que a controla e dá uma sobrevida a quem é infectado. Mas que ninguém se engane! A doença não tem cura e continua rondando a vida de milhares e milhares de brasileiros. E já atingiu pelo menos seis mil rondonienses, desde seu ápice, no início da década de 80. No Brasil, hoje, segundo o Ministério da Saúde, nada menos do que 135 mil pessoas de ambos os sexos,  convivem com o vírus mortal, sobrevivendo graças aos medicamentos e ao fato de que o Brasil exerce uma liderança mundial no controle e combate à doença. Tem notícia pior: a grande maioria dos infectados não sabe que está com Aids. Os números não são oficiais, mas nas última quatro décadas, perto de 35 mil brasileiros teriam morrido pela doença.  Em Porto Velho, surgem pelo menos entre 10 e 13 casos todos os meses. E ainda tem que ache que a Aids não assusta mais!

PRECINHO DE AMIGO!

“Precinho” de amigo. Para carros, 270 reais, algo em torno de 27 por cento de um salário mínimo. As motos vão gastar um pouco menos: 170 reais. Esse é o valor que será cobrado ao otário, quer dizer, ao contribuinte, para  regularizar seu carro novo com a placa do Mercosul. É mais uma medida caça níqueis dos órgãos responsáveis pelo trânsito nesse país em que o cidadão é tratado como idiota. A nova placa, por aqui, começou a valer já nessa segunda-feira, dia 2. Nos outros Estados, começará a ser implantada em 20 de janeiro. Ainda não há clareza do porquê o rondoniense foi homenageado com essa antecipação. A verdade é que devemos nos preparar, porque enquanto estamos trabalhando duro, suando para sobreviver e pagar todos os impostos que já nos impõem, nossas respeitadas autoridades, lá por Brasília, já estão preparando novas surpresas para nos arrancar mais uma grana. Para que eles tenham vida boa! Quem  mandou não ser “otoridade?”

PERGUNTINHA

O que você achou do aumento médio de 40 por cento na carne para o consumidor de Rondônia, sob alegação de que o consumo na China aumentou muito e abastecer aquele mercado é a grande prioridade?

BLOG: https://www.facebook.com/opiniaodeprimeira?fref=ts

Comentários

    Seja o primeiro a comentar

Envie seu Comentário

 
NetBet

Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook