O prefeito precisa libertar-se das aves de rapina
Afinal a vida pública tem que se manter num ambiente de moralidade, sob a fiscalização continuada do povo.
(*) Valdemir Caldas
Em dezembro do ano passado, o Ministério Público de Contas recomendou ao prefeito de Porto Velho, doutor Hildon Chaves, que exonerasse imediatamente o Secretário Municipal de Educação, César Licório, acusado de não ter apresentado a Certidão Negativa de Débitos, contrariando, portanto, o que estabelece a Resolução Normativa nº. 001/98 aos que ascendem postos de mando na administração pública.
Apesar da determinação do MPC-RO, Licório permanece no comando da Semed, condição na qual ocupou a mesa de convidados durante a solenidade de posse da nova Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Porto Velho, que aconteceu no dia 1º de janeiro, no auditório da Unopar. Comporta-se, portanto, como se nada tivesse acontecido, como se a palavra da instituição que o mandou se afastar do cargo e nada fosse a mesma coisa.
A compra de toneladas de cal ainda não foi devidamente esclarecida, mas se não pode negar, que o episódio abalou profundamente as bases da administração tucana. Não menos grave é a situação do transporte escolar rural, que ainda vai render muita dor de cabeça ao chefe do executivo municipal.
Em todos os episódios, porém, o prefeito deixou claro que apoia o trabalho dos órgãos de investigação, para que tudo seja devidamente esclarecido, não somente como forma de dar uma satisfação aos meios de comunicação e aos autores das denúncias, mas como instrumento indispensável à retomada da significativa perda de credibilidade de que desfruta a sua administração junto à opinião pública. Afinal a vida pública tem que se manter num ambiente de moralidade, sob a fiscalização continuada do povo. Os interesses pessoais e os vícios políticos não podem continuar a poluir o regime democrático.
Já disse (e repito) do meu respeito pelo prefeito Hildon Chaves, mas ele precisa agir com inspiração no querer do povo, mantendo o discurso moralizador que o conduziu à prefeitura da capital, numa eleição memorável, libertando-se da influência negativa de aves de rapina que tanto peso mostra possuir nas decisões oficiais. O contrário disso é continuar inflando uma possível candidatura Léo Moraes em 2020, sepultando, de uma vez por todas, suas pretensões continuístas.
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