Observação pública do Clube de Astronomia de Rondônia leva multidão ao Espaço Alternativo

Cerca de 3 mil pessoas compareceram ao evento gratuito em Porto Velho, que deu oportunidade à população conhecer um pouco sobre o universo.

Felipe Corona – Fotos: Beethoven Delano
Publicada em 13 de julho de 2019 às 10:27
Observação pública do Clube de Astronomia de Rondônia leva multidão ao Espaço Alternativo

A curiosidade de conhecer um pouco mais sobre o espaço e os planetas, além da oportunidade de fazer um programa diferente na noite da sexta-feira (12), em Porto Velho. Segundo estimativas dos organizadores, pelo menos 3 mil pessoas foram conhecer as atividades promovidas pelo Clube de Astronomia de Rondônia (CAR) que expôs telescópios, astrofotografias, meteoritos e a mais concorrida delas: observação lunar e de planetas, como Júpiter e Saturno. Também foram celebrados os 50 anos da missão Apolo 11, que levou o homem à Lua.

A espera nas filas chegou a uma hora. Isto somente para a observação dos astros nos telescópios do CAR, mas não houve reclamações do público.

Uma daquelas que estava ansiosa era a secretária Daiana Bernardino, que levou uma turma grande ao Espaço Alternativo. “Vim com a família após ver o anúncio nas redes sociais. Matamos a curiosidade de um mundo que não conhecemos muito. Porto Velho é carente destes eventos. Os alunos só conhecem astronomia na escola. Se não se especializam, não tem esse conhecimento dos planetas. Isto é muito bom, pois é um contato real e nem sabia que em Porto Velho existia um clube de astronomia. É um evento bem organizado e que isso se expanda para as escolas. Achei muito bom ver Júpiter no telescópio e a gente não tem noção da grandeza do nosso universo”.

Selânia Abreu também teve que controlar a expectativa das duas filhas: Isabele, de 7 anos e Emanuele, de apenas 3. “Quando vi o anúncio na internet, lembrei que a minha filha mais nova gosta muito. Fizeram até contagem regressiva, onde todos os dias ela me lembrava. Ficou super feliz em ver Júpiter e a Lua, além de piolho e formiga em tamanho aumentado. Elas estão aproveitando bastante! Gostaram tanto que já me pediram um telescópio. Muitas crianças gostam desse mundo, mas precisam de incentivos. Isto pode começar na escola e seguir por toda a vida. Esta é a melhor fase, onde elas estão mais interessadas”.

Já Ernesto Teixeira preferiu fazer um programa romântico com a esposa Jucineide Leite, juntando a beleza da Lua, estrelas e planetas com conhecimento científico. “Soube por causa de uma matéria na TV e também vi no Facebook. Bom que a comunidade aderiu, tem muita gente interessada. Estes eventos são muito bons para as crianças, que já cria mais intimidade com esse mundo e com a gente que tem um pouco mais de idade. É mais oportunidade para as pessoas saírem da teoria e irem para a prática. Uma chance de conhecer e desvendar o espaço”, destacou ele.

A professora do departamento de Biologia da UNIR, Gean Carla Sgamberla, falou um pouco sobre o Smartscópio, um aparelho de baixo custo que pode ser utilizado por escolas públicas no ensino da ciência em geral. “Trouxemos 10 microscópios alternativos elaborados com material de baixo custo, divulgando pro público em geral. Aproveitamos a oportunidade para cadastrar algumas escolas que têm interesse em receber esse dispositivo. Mas, o principal é mostrar que a ciência pode ser cidadã, ser mais humana, mais próxima da população”.

Dentro do programa Caminho das Estrelas, há uma atenção especial aos alunos surdos, que vai às escolas e promove a inclusão por meio de palestras. Uma dessas interessadas é a aluna surda Josilene da Silva. Com o auxílio de uma tradutora de Libras, ela explicou a sensação de ver o espaço em um telescópio. “Vi alguns vídeos na internet e decidi comparecer para ver os planetas. Para minha surpresa, encontrei vários amigos meus que também são surdos e já estavam na fila esperando. Gostei demais dessa experiência e foi a primeira vez que vi isso”.

O programa de Astronomia da UNIR é coordenado pelo professor Ariel Adorno e vice coordenado pela professora Anailde Ferreira da Silva, ambos do departamento acadêmico de Física do campus de Porto Velho.

Já o Clube de Astronomia de Rondônia (CAR) tem o apoio da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), da Pró-reitoria de Cultura, Extensão e Assuntos Estudantis (PROCEA) da UNIR e do Instituto de Federal de Rondônia (IFRO) do campus Calama.

Quem quiser mais informações sobre o projeto, pode acessar o Instagram (@clubedeastronomia_), Facebook (facebook.com/carrondonia) ou o endereço: www.astronomia.unir.br.

Winz

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