Parcelar a fatura do cartão de crédito vale a pena?
O parcelamento é uma forma de pagar uma grande dívida em pequenas frações. Mas será que a escolha é vantajosa para o consumidor?
Quando o dinheiro fica curto, a melhor opção é utilizar o crédito. O cartão sem anuidade tem sido um atrativo para que muitas pessoas usem a função sem sentir tanta culpa. Mas o acúmulo de pequenos gastos, um imprevisto ou uma grande compra por impulso pode deixar a parcela grande demais para pagar de uma vez.
Embora o crédito seja um aliado, é preciso usar com cuidado, o que nem sempre é possível. Confira alguns fatores importantes para definir se vale a pena parcelar a fatura do cartão de crédito:
Juros
Em um primeiro momento, parcelar a fatura pode não parecer a melhor escolha, já que envolve o acúmulo de juros. Quanto maior o número de parcelas da fatura, mais juros o consumidor pagará. Além disso, há cobrança de IOF em cima de cada parcela.
Dependendo do valor da fatura, alguns bancos permitem que ela seja parcelada em até 36 vezes – no geral, a divisão máxima é de 24. Mas é preciso ter ciência de que o montante total pode ser o triplo do valor original ou mais. Os juros do parcelamento, em média, ficam entre 7% e 8%.
Banco Central
Para que os consumidores não pensem que é melhor optar pelo atraso da fatura, o Banco Central estipulou duas regras para o parcelamento: as condições devem ser melhores que a do crédito rotativo e o banco precisa ditar regras claras e precisas sobre ele.
Resumindo, o consumidor precisa ter vantagens ao optar pelo parcelamento. Afinal, ele está fazendo o possível para pagar o que pode em dia. Por isso, o parcelamento é uma forma de negociar a dívida.
Rotativo
É sempre melhor parcelar a fatura do que deixar o valor para pagar no mês seguinte. Além do acúmulo da dívida ser maior, o consumidor vai ter os juros do rotativo (que costumam ser altos, por volta de 13%), multa por atraso e IOF, pelo menos.
Fazendo o parcelamento, os juros são mais baixos e não há multa por atraso. E, se na fatura seguinte o pagamento não for feito, o valor será dividido pelo parcelamento automático, estipulado pelo Banco Central.
Gasto inesperado
Quando o cliente precisa fazer algum gasto inesperado e é impossibilitado de dividir o pagamento, o parcelamento da fatura é uma boa escolha. Embora envolva juros, ele poderá pagar em mais vezes sem comprometer sua renda mensal.
Algumas lojas, principalmente online, cobram juros no parcelamento. Se a taxa cobrada por ela for maior que a do banco, vale a pena deixar para dividir a fatura.
Aplicativos
Alguns bancos permitem que o cliente faça o parcelamento da fatura dentro do aplicativo. Dessa maneira, o próprio consumidor tem o controle: ele escolhe em quantas vezes deseja pagar e, assim, evita juros desnecessários. Ele pode, por exemplo, pagar em 4 vezes o que o banco dividiria em 12.
Quando se faz o parcelamento pelo boleto, basta apenas fazer o pagamento mínimo. Nesse caso, a tarifa será dividida automaticamente. O problema é que o consumidor não terá autonomia para escolher em quantas vezes deseja pagar, a não ser que ligue para o banco e peça uma redução.
Portanto, o melhor é baixar o aplicativo e observar se há essa função de escolha de parcelamento da fatura.
Pagando melhor
O ideal é que o consumidor pague o máximo possível na entrada – lembrando que, para parcelar, ele precisa cobrir pelo menos o valor mínimo da fatura. Mas quanto maior o valor que ele puder pagar de entrada, menos juros terá no parcelamento.
Outro fator importante é que não se pode dividir parcelas em aberto. Portanto, ele precisa esperar o dia de vencimento e fazer o parcelamento. A partir daí, ele terá 30 dias para pagar a próxima parcela.
Contas
Embora o cliente deva escolher a parcela condizente com o que pode pagar por mês, é sempre bom fazer os cálculos antes de decidir. Afinal, em longo prazo o valor pode ser muito maior.
Se não for prejudicar o orçamento final, vale a pena optar por pagar R$50 ou R$100 a mais por mês, pois isso pode evitar que o valor final seja muito maior do que o da parcela original.
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