Por quem os sinos dobram
"Quando morre um homem, morremos todos, pois somos parte da humanidade". - John Donne.
A tragédia de Brumadinho - MG, não será a primeira, e lamentavelmente, poderá não ser a última.
Ela faz parte de uma intrincada peça que tece os interesses público e privado, que nem sempre estão na mesma simetria do que importa aos interesses da maioria da população.
A equação que rege as questões que envolvem essas duas dimensões, não pode ser racionalizadas dentro das expectativas do bem comum, que leva em conta todas as ponderabilidades da dimensão humana, posto que elas se movem no espaço tempo, mensuradas por variáveis de causalidades diferentes. A primeira, no âmbito do espectro político. A segunda, no epicentro das determinações econômicas.
As duas, por razões específicas, têm pressa. Uma se circunscreve, no lapso de tempo que comanda os mandatos políticos. A outra, no intervalo que se produz e reproduz o ciclo de maturação do capital. Ambas, infelizmente, não respeitam, e atropelam em determinadas circunstâncias, premidas pela lógica da temporalidade política e da racionalidade econômica, procedimentos, ritos, aspectos legais, normas de conduta e respeito ao meio em que atuam.
Enredadas por essas determinantes, com a frouxidão de uma sociedade em completa desorganização, sem a capacidade de pressionar, com a devida ausência de órgãos fiscalizadores que atuem com efetividade e isenção, cria-se um cenário propício e fértil, para todo tipo de conivência, conluios e desmandos, que vão ao encontro de interesses bem determinados e do agrado das elites que comandam a ordem do capital, em detrimento das aspirações da sociedade.
Nessa perspectiva, compra-se mandatos, corrompe-se governos, alicia-se técnicos pareceristas de projetos, camufla-se relatórios de Impactos Ambientais, destitui-se de funções, profissionais sérios que não se vendem ao sistema e engordam-se caixa dois, para garantir a reeleição de políticos e governantes salafrários, vendilhões da alma e da dignidade de uma Nação.
O resultado, são tragédias como a que padecemos no presente instante, com o rompimento da barragem de Brumadinho, um drama da humanidade que passou a ser recorrente nessa República de FP (Filhos da Política).
"A tragédia humana começa quando o sentimento de aceitação condiz com a normalidade moderna da vida.”
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