Profissionais da comunicação de quatro regiões do Brasil discutem precarização do jornalismo no quarto dia de CANOAR

Comunicólogos do Sul, Sudeste, Norte e Nordeste compararam o mercado de trabalho do jornalismo no quarto dia do Colóquio, que está acontecendo na Escola do Legislativo, em Porto Velho

Assessoria/CANOAR
Publicada em 18 de novembro de 2022 às 16:21
Profissionais da comunicação de quatro regiões do Brasil discutem precarização do jornalismo no quarto dia de CANOAR

Em um debate representado por quatro regiões do Brasil, o Colóquio de Comunicação e Cultura na Amazônia Rondoniense (CANOAR) promoveu reflexões sobre “Rotinas produtivas e precarização do jornalismo brasileiro”. A discussão sobre este tema ocorreu nesta quinta-feira (17) na Escola do Legislativo, em Porto Velho, e faz parte da programação do Colóquio que iniciou segunda-feira (14) e irá até o sábado (20). 

O professor e pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Rogério Christofoletti, a professora e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) Cláudia Nonato e a jornalista pernambucana Joana Suarez trouxeram um panorama nacional do mercado de trabalho do jornalismo, em debate mediado pela professora da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) Andrea Cattaneo.

O CANOAR é uma promoção do Departamento de Comunicação da UNIR e toda a programação pode ser conferida no site www.canoar.unir.br ou no instagram @canoar.unir.

Sobre o debate

A convidada  Joana Suarez, que atualmente trabalha com redações virtuais, participou de forma remota. A profissional trabalha atualmente como jornalista independente e conta que a busca pela qualidade de vida e a distância dos ambientes tóxicos das redações fizeram com que ela buscasse esse caminho, apesar da instabilidade de não possuir vínculos trabalhistas mais seguros. 

Joana Suarez apresentou as  possibilidades e desafios impostos por meio da realização do jornalismo independente. “Trabalhar como jornalista freelancer abre a possibilidade de trabalhar em diferentes lugares do Brasil, possibilitando a descentralização das informações que costumam circular predominantemente nos grandes centros”, destacou a jornalista pernambucana. 

O pesquisador e professor na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)  Rogério Christofoletti enfatizou que as péssimas condições de trabalho interferem na produtividade e no resultado do trabalho jornalístico. “Mais do que produzir, o jornalista busca a satisfação pessoal, justiça e equilíbrio. Com a precarização e ameaças, geradas pela insegurança e pela falta de proteção ao profissional, muitos jornalistas tendem a se resguardar, interferindo diretamente na qualidade da apuração e no aprofundamento dos fatos”, analisou o professor da UFSC. 

A professora e pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo (USP) Cláudia Nonato retratou a realidade atual do jornalismo brasileiro, através de dados estatísticos sobre representatividade de gênero e racial nas redações dos veículos de comunicação. Além disso, a professora abordou sobre o aumento da precarização desde o início do século XXI, com o surgimento de sites com características noticiosas, mas produzidos por pessoas sem o diploma de jornalista, quadro provocado a partir do maior uso da internet. Cláudia ainda discorreu sobre outras mudanças geradas na rotina de trabalho, que provocaram problemas de precarização da profissão, tais como o aumento das horas trabalhadas, o acúmulo de funções e a necessidade de rapidez na circulação das informações. Esse último fator contribui para a falta de checagem das notícias. 

Sobre o Canoar

O CANOAR segue até o próximo sábado, dia em que serão ofertadas oficinas práticas sobre diversos temas da área da comunicação. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do site www.canoar.unir.br ou no local do evento.

Serviço: 1º Colóquio de Comunicação e Cultura na Amazônia Rondoniense - CANOAR

Quando: de 14 a 19 de novembro

Onde: Escola do Legislativo de Rondônia. Rua Major Amarante, nº 390, Arigolândia - Porto Velho/RO

Inscrições: gratuitas pelo site www.canoar.unir.br ou no local, durante o evento.

Público-alvo: jornalistas, publicitários, estudantes de Jornalismo/Publicidade e Propaganda, professores e público em geral.

Apoiadores

O CANOAR conta com parceiros importantes para a sua realização: Santo Antônio Energia, Escola de Magistratura do Estado de Rondônia - Emeron, Escola do Legislativo de Rondônia, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE, Federação do Comércio do Estado de Rondônia - Fecomércio-RO, Rondônia ao Vivo, Rede Evolução, Águas Kaiary, Cacau Show, Barracão do Jair, Paraná Churrascaria, Associação dos da UNIR - ADUNIR, Núcleo de Ciências Sociais Aplicadas da UNIR - NUCSA.

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