Rio Madeira ultrapassa os 15 metros, dois a menos que em 2019, afirma Defesa Civil
A Defesa Civil Estadual é acionada pelas municipais para dar suporte ao trabalho. A atenção é redobrada com os municípios da região central do Estado, banhados pelas bacias dos rios Jamary e Machado
O rio Madeira está acima dos 15 metros, ano passado, na mesma época, já ultrapassava os 17 metros
O rio Madeira atingiu na segunda-feira (9) a cota de 15,24 metros, um pouco acima da média (15 metros), mas longe de uma enchente como a registrada em 2014, foi o que explicou o coordenador estadual da Defesa Civil, Major Tadeu Sanchez.
Segundo o coordenador, a Defesa Civil Estadual é acionada pelas municipais para dar suporte ao trabalho. “Neste mesmo período, no ano passado, o rio atingiu 17,26 metros, dois metros acima do que encontra-se este ano. Estamos em alerta e intensificamos os trabalhos junto aos municípios, e quatro famílias de Candeias do Jamary foram retiradas de áreas de risco”, explicou o coordenador.
Os principais pontos de inundação, segundo a Defesa Civil, englobam os municípios de Porto Velho, Nova Mamoré (rio Madeira), Guajará-Mirim (rio Mamoré), Costa Marques (rio Guaporé), Candeias do Jamary (rio Candeias), Ariquemes (rio Jamary), Ji-Paraná, Cacoal e Pimenta Bueno (rio Machado).
“Nós temos auxiliado os municípios monitorando as principais áreas de risco. É importante frisar, também, que o rio atinge o nível de alerta quando ultrapassa a cota, o que varia muito. Esse monitoramento é feito de forma regionalizada. Quinzenalmente, por vídeo transferência, são repassadas todas as informações, dados e a situação do nível dos rios à Agência Nacional de Águas (Ana), que acompanham de perto a situação”, enfatizou.
LOCAIS DE ALERTA
A atenção é redobrada com os municípios da região central do Estado, banhados pelas bacias dos rios Jamary e Machado. “Essas são bacias que nascem e terminam no estado de Rondônia. A nossa preocupação é porque elas respondem rapidamente à variação dos rios. Desta forma, as cidades de Ji-Paraná, Cacoal, Jaru, Ariquemes e Pimenta Bueno são as mais afetadas”, ressaltou o major.
FAMÍLIAS DESABRIGADAS
Ainda segundo o coordenador, as quatro famílias desabrigadas em Candeias foram prontamente atendidas pela Defesa Civil e Secretaria de Estado de Assistência do Desenvolvimento Social (Seas). “Essas famílias recebem cestas básicas e barracas. Candeias foi o único município que acionou a Defesa Civil estadual pedindo apoio para as áreas de risco. E continuamos acompanhando as demais regiões e orientando as famílias”.
DICAS DE SEGURANÇA
Por ser uma atividade oriunda da natureza, não há como mudar o percurso dos acontecimentos, mas ficar atento às áreas de risco e seguir determinadas dicas de segurança podem evitar acidentes. A primeira delas é receber e seguir as orientações dos agentes.
“Se o agente de qualquer órgão de proteção orientar a família a sair do local, é porque existe risco. No caso de chuvas rápidas, nós orientamos a não andar em locais onde a água esteja cobrindo parte da roda dos veículos. Em casos de emergência, entrar nessas áreas sempre com os vidros abertos, pois, com a água, o sistema elétrico pode deixar de funcionar e o motorista não conseguir abrir as portas. Evitar ficar próximo à árvores, placas ou estruturas precárias. Procurar locais mais amplos e abertos e, se possível, evitar o contato com a água que oferece riscos à saúde humana”, alertou o coordenador.
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