Senado aprova PEC de Marcos Rogério sobre percentuais mínimos para educação durante a pandemia

O texto segue agora para análise da Câmara dos Deputados, onde também deverá passar por dois turnos de votação

Assessoria/Parlamentar
Publicada em 22 de setembro de 2021 às 08:22
Senado aprova PEC de Marcos Rogério sobre percentuais mínimos para educação durante a pandemia

O Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (21.09) a Proposta de Emenda à Constituição 13/2021, de autoria do vice-líder do Governo no Congresso, senador Marcos Rogério (DEM/RO), que desobriga estados, municípios e o Distrito Federal de aplicar percentuais mínimos da receita na manutenção e desenvolvimento da educação, nos anos de 2020 e 2021. O objetivo, segundo o senador, é socorrer os entes federados que, além da perda de arrecadação provocada pela crise econômica, tiveram gastos excedentes para adotar medidas de prevenção e enfrentamento à Covid-19 em suas regiões. O texto segue agora para análise da Câmara dos Deputados, onde também deverá passar por dois turnos de votação.

Segundo a Constituição Federal, estados, municípios e o Distrito Federal são obrigados a investir 25% de sua receita na educação. Com a PEC de Marcos Rogério, os gestores públicos ficam autorizados, somente durante 2020 e 2021, a não cumprir o limite previsto por lei.

Dados oficiais mostram que 20 estados brasileiros registraram queda de R$ 16,4 bilhões de arrecadação só nos primeiros seis meses de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019. “Ou seja, os estados e municípios encontram-se diante da necessidade de tomar providências de caráter excepcional para cumprir obrigações constitucionais e legais”, frisou Marcos Rogério. Cenário semelhante ocorreu com dezenas de municípios brasileiros. Pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) afirma que 11,9% dos municípios enfrentaram, em 2020, dificuldades para atingir o índice constitucional mínimo de 25% de suas receitas de impostos em ações de Manutenção e Desenvolvimento de Ensino. “Enquanto enfrentam significativa queda em suas arrecadações, os entes subnacionais precisam direcionar maior volume de recursos próprios para ações de prevenção de contágio do novo Coronavírus, bem como para o tratamento das pessoas que contraíram a doença. Por outro lado, houve redução em algumas despesas de natureza educacional, por força da suspensão de aulas ocorrida em praticamente todas as redes públicas de ensino, desde março do ano passado”, explicou o parlamentar por Rondônia.

O senador destacou, porém, que sua proposta tem caráter transitório e vale apenas para os anos de 2020 e 2021. A expectativa, de acordo com o senador, é de que, com a retomada progressiva das atividades econômicas, a possibilidade de responsabilização pelo descumprimento da vinculação constitucional de recursos para a educação volte a vigorar. Além disso, segundo o texto aprovado, estados, municípios e o Distrito Federal ficam obrigados a compensar os valores não aplicados até o exercício de 2023.

 Aprovado relatório de Marcos Rogério à MP dos fundos constitucionais

O Senado Federal também aprovou o relatório do senador Marcos Rogério (DEM-RO) ao PLV 22/2021, oriundo da Medida Provisória 1.052/21, que altera as regras dos fundos constitucionais do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-Oeste (FCO). Esses fundos têm por objetivo fomentar o desenvolvimento socioeconômico das três regiões, sem prejuízo das demais, por meio do financiamento aos setores produtivos, a exemplo do agronegócio e do turismo. Esse fomento é feito a partir de bancos federais regionais – da Amazônia (Basa) e do Nordeste (BNB).

Entre as mudanças propostas pelo PLV está a alteração das regras do Fundo Garantidor de Infraestrutura (FGIE) - considerado fundamental para viabilizar as concessões públicas e parcerias público-privadas da União, dos estados e dos municípios. “O país vive momento complexo, de crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19. Essa conjuntura exige respostas rápidas e eficazes. A reformulação do Fundo Garantidor de Infraestrutura e as adequações na governança, nas remunerações e nos encargos dos fundos constitucionais de financiamento são essenciais para dar impulso às parcerias público-privadas e para a expansão do investimento privado, especialmente nas regiões com menor grau de desenvolvimento econômico”, frisou Marcos Rogério. O texto segue agora para sanção presidencial.

Comentários

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    Beth 23/09/2021

    Votei nessa pessoa e me arrependo amargamente, meu voto nunca mais.

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    Alan Kardec 23/09/2021

    Esse Senador é muito competente no ambiente político, quando ele trabalhou na iniciativa privada, leia-se TV Rondônia e Sistema Gurgacz de Comunicação em 12 anos de trabalho ele acumulou um patrimônio de R$ 75.000,00 em 10 anos na política ele se tornou milionário. Ainda empregou a esposa na Agência Nacional de Energia com salário de R$ 40.000,00 por mês. Quanto ao povo, os eleitores, os brasileiros como diz o articulista Robson Oliveira. Somos um bando de barnabés.

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    Roberto Ferreira 22/09/2021

    Bem compreensível que políticos busquem reduzir investimentos em Educação. Afinal, quanto mais burra a população, mais fácil enganar o povo e reeleger-se,  sem trabalhar e sem fazer nada de útil em seus mandatos.  Ainda mais no caso de Marcos Rogério... A falta de conhecimentos em seu rebanho também faz com que seus pouco informados fiéis aceitem a teologia da prosperidade como verdade divina e absoluta,  jogando ao "pastor" polpudos valores em dízimo... Senador esperto! Claro que o Boso tem muito orgulho dele. Assim como a boiada local. 

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    Carlos Santos 22/09/2021

    Acabou a mamata! Enquanto milicos recebe teto duplex, senador quer acabar com piso dos professores. Porque não cortar verbas do senado? Dê o exemplo, senador.

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    edgard feitosa 22/09/2021

    QUEDA NA ARRECADAÇÃO???? O senador deve ser um autentico Pândego: NA MAIORIA DOS ESTADOS E MUNICIPIOS, INCLUSIVE NO DISTRITO FEDERAL, HOUVE BILHÕES DE DESVIOS DE RECURSOS PÚBLICOS, MAS SOMENTE NA EDUCAÇÃO VAMOS TER APLICAÇÃO DE PERCENTUAIS MENORES!!!! BILHÕES FORAM DESTINADOS PARA A FUZARCA ELEITORAL DOS POLÍTICOS, QUE ASSIM ENCHEM OS BOLSOS COM DINHEIRO PÚBLICO, MAS A EDUCAÇÃO DEVE TER OS PERCENTUAIS DIMINUIDOS!!! BILHÕES FORAM PERDOADOS ÀS IGREJAS (CURRAIS ELEITORAIS) PARA FARRA DOS "PASTORES", MAS A EDUCAÇÃO TEVE OS PERCENTUAIS DIMINUIDOS; ISTO APENAS PROVA QUE O SENADOR MARCOS ROGÉRIO E TODOS OS DEMAIS POLÍTICOS NÃO TEM NENHUM COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO; QUEREM COMO SEMPRE UM PAÌS SEM EDUCAÇÃO; É A VELHA HISTORIA, OS POLÌTICOS VIVENDO NA CASA GRANDE ÀS EXPENSAS DO DINHEIRO PÚBLICO, E O POVO NA ETERNA SENZALA..... IMAGINE ESTE DESCOMPROMISSADO SENDO GOVERNADOR!!!

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    José Pinto da Silva 22/09/2021

    UMA VERGONHA! NÃO TE ESQUECEREMOS, SENADOR. DAREMOS A RESPOSTA NAS URNAS. JAMAIS TE ESQUECEREMOS, REPITO.

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    Gilzelia Pereira 22/09/2021

    Então só vale vender 249kg daquela tonelada presa como percentual mínimo? Aumentaram os preços em todos os setores da sociedade vão tentar nos convencer que a nossa arrecadação caiu com Rondônia se gabando que a arrecadação não para de crescer e esse dinheiro sumindo em "investimentos" claro kkkk. Cuidado Rondônia em 2022 parem de eleger dementes é só olhar o sujeito obtuso eleito ao governo na eleição passada.

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Winz

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