Sintero discute saúde da mulher trabalhadora e sexualidade da mulher negra durante mesa de diálogo

Também foi abordado a origem do movimento Marcha das Margaridas, considerado a maior mobilização de mulheres da América Latina.

Assessoria
Publicada em 07 de agosto de 2019 às 17:59
Sintero discute saúde da mulher trabalhadora e sexualidade da mulher negra durante mesa de diálogo

O Sintero, através da secretaria de Gênero e Etnia, promoveu uma Mesa de Diálogo nesta terça-feira (06/08), para discutir sobre a saúde da mulher trabalhadora e a sexualidade da mulher negra. Também foi abordado a origem do movimento Marcha das Margaridas, considerado a maior mobilização de mulheres da América Latina.

Durante abertura do evento, a secretária de Gênero e Etnia do Sintero, Rosenilda Ferreira de Souza Silva, explicou que o principal objetivo da roda de conversa era propor um momento para que as mulheres pudessem retratar sobre seus anseios e desafios nas lutas diárias.

Foram convidadas a participarem da mesa de abertura, a secretária-Geral do Sintero, Dioneida Castoldi, a diretora da Regional Norte, Cleusa Ferreira Mendes e a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Laura.

De acordo com Dioneida Castoldi, o Sintero sempre estará de portas abertas para discutir os desafios que as mulheres passam no dia-a-dia na construção de um mundo melhor. “A construção de uma sociedade melhor e mais igualitária só acontece em conjunto. Por isso, precisamos desses momentos, para chegarmos em um consenso e dar continuidade na nossa luta. Nós, mulheres, acreditamos que somente dessa forma teremos voz e vez”, disse.

Para falar sobre a saúde da mulher trabalhadora, a roda de diálogo recebeu a presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de Rondônia (Assogiro), Ida Peréa Monteiro. Na avaliação da profissional, devido a dupla jornada que as mulheres enfrentam, muitas vezes a saúde acaba ficando de lado. Por isso, a sobrecarga profissional acaba sendo um fator determinante no adoecimento das mulheres.  Foi destacado ainda, as taxas de mortalidade no Brasil e as doenças que mais atingem as mulheres como: doenças no aparelho circulatório, causas externas (acidentes no trânsito, por exemplo), doença no colo do útero, entre outros.

Em seguida, Professora Dra Rosangela Hilário abordou sobre a sexualidade da mulher negra, destacando a representação de como ela é vista pela sociedade, com excesso de erotização. Ressaltou ainda, a questão da solidão que as mulheres negras vivenciam, por serem menos escolhidas. E que por isso, muitas vezes, acabam se diminuindo para caber em um relacionamento.

Nos dias 13 e 14 de agosto, ocorrerá mais uma edição da Marcha das Margaridas, em Brasília. Diante disso, a diretora da Regional Estranho, Metilde Alves Penha, foi convidada a falar sobre a origem e o objetivo do movimento.

Desde o seu surgimento, inspiradas pela história de Margarida Maria Alves, a Marcha vem se construindo como a maior e mais efetiva ação de luta das mulheres do campo, da floresta e das águas, contra a exploração, a dominação e todas as formas de violência e em favor de igualdade, autonomia e liberdade para as mulheres. Neste ano, espera-se que cerca de 100 mil participantes compareçam na maior ação de mulheres da América Latina.

O Sintero apoia o movimento e terá representantes na Marcha das Margaridas em Brasília.

Na avaliação da secretária de Gênero e Etnia, Rosenilda Ferreira de Souza Silva, o evento foi muito proveitoso e importante para amadurecer ideias e reafirma a luta das mulheres por um mundo melhor. “Falar de sexualidade e saúde é nos empoderarmos, e nos conhecermos dentro das nossas dúvidas e de nossas necessidades pertinentes a este tempo, em que nossos direitos estão sendo cerceados”, finalizou.

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