Tratado de Petrópolis debatido na Escola do Legislativo
Três professores e historiadores dirigiram palestras sobre o tema e posteriormente responderam a perguntas
O Tratado de Petrópolis, assinado há 116 anos, que possibilitou a criação do Estado do Acre foi amplamente discutido na manhã desta quarta-feira (27) na Escola do Legislativo (EL), que pertence à Assembleia Legislativa (ALE). Historiadores e professores abordaram com alunos da EL, da Escola Major Guapindaia, convidados e servidores a importância do tratado para o Estado de Rondônia, para o Acre, para Porto Velho e à construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.
Após o hino (Céus de Rondônia), ocorreu a abertura da solenidade pelo diretor da escola, Fábio Ribeiro. O mediador do painel, Lúcio Albuquerque falou rapidamente sobre a relevância do tema para o desenvolvimento social, político e econômico da região.
Abriu a série de palestras o professor Célio Leandro da Silva, formado em história, escritor e membro da Academia de Letras de Rondônia (ALR). Segundo ele, o Tratado de Petrópolis é da maior relevância, não somente para a região, mas para a história do Brasil.
Célio abordou o tema “Barão de Rio Branco, sua importância para o interesse nacional”. Foi Rio Branco quem conseguiu negociar a conquista de parte do Rio Grande do Sul e do Amapá.
Rio Branco tratou e formatou a compra do Acre da Bolívia pelo Brasil. O Estado de Rondônia foi favorecido com o tratado e pela compra do Acre da Bolívia, que originou a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré ligando Guajará-Mirim até Porto Santo Antônio, que originou Porto Velho.
O Tratado de Petrópolis foi abordado pelo professor, historiador, economista, escritor e membro da ARL, Anísio Gorayeb. Segundo ele, a conquista do Acre pelo Brasil não ocorreu de forma pacífica, pois houve luta sangrenta.
A borracha do Acre era sinônimo de riqueza e fomentava a indústria americana, inclusive o automóvel, inventado na época. A borracha era fundamental para o Acre e mais de 90% do produto consumido pelo mundo era da Amazônia. Isso foi um dos pontos fundamentais para a conquista do Acre pelo Brasil.
Após duas tentativas para a criação da República do Acre, veio a terceira e definitiva com a invasão de Xapuri, rendição dos bolivianos e a proclamação da República Acriana. Isso em 1903.
No terceiro painel o professor, historiador, membro da (ALR), Francisco Matias falou sobre o tratado, um dos temas do ciclo de debates. “Onde você estiver em Rondônia, você está num seringal”, disse. “Porto Velho, Rio Branco e a Bolívia foram favorecidos com a assinatura do Tratado de Petrópolis”, explicou o professor.
O professor Matias abordou algumas curiosidades que fazem parte da história da região. O Acre custou ao Brasil mais de US$ 2, 8 bilhões. Um dado importante que muita gente não sabia. O Peru, por exemplo, ainda, reclama a posse de Humaitá, no Amazonas. A Ferrovia Madeira-Mamoré nunca foi boliviana, mas sim americana. Em 1914 passou a ser inglesa e canadense.
Na conclusão das palestras os três convidados responderam perguntas encaminhadas pelos alunos e demais convidados. Após várias explicativas o diretor da escola Fábio Ribeiro, agradeceu aos palestrantes, convidados, servidores da EL e encerrou o painel em nome do presidente da ALE, Laerte Gomes (PSDB).
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Comentários
Bom dia. Restou uma dúvida (curiosidade): ... por uma linha* reta (o lado norte do Acre continua sendo uma reta) partindo do encontro do rio Mamoré com o rio Beni até as nascentes do Rio Javari era(É) a nossa fronteira antes da negociação (Tratado de Petrópolis) que adicionou o acre dentro de nossas fronteiras. Como não me lembro de ter lido no Tratado de Petrópolis, me ocorre de fazer a seguinte pergunta: Porque que o trecho territorial compreendido entre o encontro do Rio Mamoré com Rio Beni (inicio do Rio Madeira até Abunã (à direita de tal linha* se olhando do encontro Mamoré/Beni em direção às nascentes do Javari - extremo norte do Acre e inicio da fronteira Brasil Peru) NÃO está mais sendo considerado como nosso? ???
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