Venda de motos supera a de carros

O número de vendas de moto bateu recorde e pela primeira vez, em mais de 30 anos, superou o número de carros vendidos

Da redação/Foto: Ilustrativa
Publicada em 19 de maio de 2022 às 11:24
Venda de motos supera a de carros

Pela primeira vez, em mais de 30 anos, a venda de motos supera a de carros, marcando um recorde de emplacamentos em veículos de duas rodas no Brasil. Em março de 2022 houve uma alta de 76% em comparação com o mesmo período do ano anterior. 

Entre os principais motivos estão a alta do delivery, o preço elevado dos combustíveis, o valor do veículo e a facilidade de encontrar tudo para motos num preço bem inferior às peças de carro.

E não foram só as vendas que dispararam, entre fevereiro e março de 2022, foi registrado também um aumento de 65% nas primeiras habilitações de categoria A, que permite a direção de motos.

Continue a leitura e entenda por quais motivos a venda de motos supera a de carros em número recorde aqui no Brasil.

O custo benefício é o que mais pesa na balança entre comprar moto ou carro

A federação representante do setor de distribuição de veículos aqui no Brasil realiza o levantamento do número de vendas de automóveis de duas e quatro rodas desde 1986 e, pela primeira vez, a venda de motocicletas superou a de carros. A alta se concentra principalmente nas opções “populares”.

Isto porque, em todos os sentidos, ter uma moto é menos custoso que ter um carro, seja na hora de comprar, de pagar o IPVA, realizar manutenção preventiva ou quando algo quebra e precisa ser substituído imediatamente.

Além disso, atualmente as pessoas procuram por meios de locomoção que sejam rápidos e econômicos, características marcantes das motos, ainda mais agora após as altas consecutivas no preço do combustível em um curto espaço de tempo.

Para a maioria dos brasileiros, tornou-se insustentável ter um carro e, a moto, apesar dos gastos habituais, se tornou uma meio para a renda alternativa com os aplicativos de entrega e demais serviços de delivery, que aumentaram exponencialmente durante e após a pandemia. 

O brasileiro também notou que no cenário atual, muitas vezes compensa ter mais de uma moto em casa do que uma motocicleta e um carro na garagem. Além do valor do IPVA ser mais baixo, o custo de manutenção é reduzido, precisa de menos espaço para guardar e o tempo para se locomover é muito menor.

A procura e produção de motos não para de crescer

Depois da pandemia, o cenário das vendas de veículos mudou tanto que chegou num ponto onde as pessoas entram na fila de espera para comprar uma moto. Em alguns casos, o cliente pode esperar no mínimo 30 dias para pegar as chaves e sair da loja com sua moto.

Não foi só nas concessionárias que a demanda aumentou. Devido à alta de vendas e o aumento significativo de motocicletas rodando, muitas oficinas passaram a realizar serviços de manutenção preventiva e reparos somente com agendamento por causa da impossibilidade do pronto atendimento.

A demanda por motos, peças e serviços relacionados com motocicletas aumentou tanto que as montadoras precisaram impulsionar o volume de fabricação. Segundo a Abraciclo (Associação dos fabricantes de motos), em março de 2022, a produção cresceu quase 9% em relação ao mesmo período de 2021.

O setor foi superaquecido com a pandemia, pois sempre que alguma dificuldade econômica surge a motocicleta se torna uma excelente alternativa para reduzir o custo de vida. A moto é um veículo barato, muito econômico e excelente neste momento de altas seguidas no preço do combustível.

Além disso, a motocicleta também é uma ótima opção para as pessoas que querem deixar de depender do transporte público e não ter que esperar um longo tempo nos pontos de ônibus, principalmente durante à noite ou de madrugada. Com a moto é só ir direto ao trabalho e depois voltar para casa sem interrupções.

 

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