Venezuelanos e cubanos buscam apoio em Porto Velho até se deslocarem a outros Estados

Ao todo são seis famílias formadas por 14 adultos e cinco crianças, a maioria, um total de 14, venezuelanos, que estão abrigados no alojamento do Ginásio de Esportes Cláudio Coutinho.

Texto: Veronilda Lima Fotos: Veronilda Lima
Publicada em 18 de abril de 2019 às 08:40
Venezuelanos e cubanos buscam apoio em Porto Velho até se deslocarem a outros Estados

Adjunta da Seas, Liana Silva, recepcionou as famílias que estão abrigadas no ginásio Claúdio Coutinho

Pelo menos 19 imigrantes venezuelanos e cubanos chegaram na noite dessa quarta-feira (17) a Porto Velho, após passarem por Boa Vista (RR) e Manaus (AM), fugindo da crise financeira e opressão de seus países. Ao todo são seis famílias formadas por 14 adultos e cinco crianças, a maioria, um total de 14, venezuelanos, que estão abrigados no alojamento do Ginásio de Esportes Cláudio Coutinho, cedido pelo governo estadual, enquanto a prefeitura está responsável pelo fornecimento de alimentos e água.

Ao ser recebidos pela secretária adjunta de Estado da Assistência e do Desenvolvimento Social, Liana Silva de Almeida Lima, eles contaram que a intenção é permanecer em Porto Velho até conseguir passagens para se deslocarem a outros Estados onde a oferta de emprego é maior.

Outros pretendem ir para Rio Branco (AC) ou Cuiabá (MT), como é o caso de Yamilka de La Caridad, que quer seguir com o esposo e um filho para a Capital mato-grossense onde terá o apoio de uma parente. Eles também pediram doações de roupas e calçados pois as poucas roupas que tinham sujaram nos cinco dias de viagem de Manaus a Porto Velho.

Liana Silva explicou que o serviço contínuo de atendimento a pessoas em trânsito ou desabrigadas é de responsabilidade do município, mas cabe ao Estado dar o apoio necessário quando solicitado, como ocorreu nessa quarta-feira, quando a secretária e primeira-dama do Estado, Luana Rocha, atendeu prontamente ao pedido da Secretaria Municipal de Assistência Social e da Família (Semasf) para a destinação de um local provisório para que estas famílias permaneçam até a próxima segunda-feira (22).

“O acolhimento está sendo feito numa parceria do Estado com o município com o intuito de garantir uma estrutura mais digna para estas famílias que ao longo dos últimos anos vêm sofrendo as consequências da crise na Venezuela, entre eles até cubanos que se refugiaram lá e agora foram obrigados a buscar ajuda no Brasil”, disse Liana Silva, ressaltando que o ginásio está sob a gestão da Superintendência Estadual da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel).

O cadastro das famílias está sob a responsabilidade do psicólogo da Semasf, Geovani Lima.

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