Audiência Pública para debater “Os Limites da Publicidade na Advocacia” é realizada na OAB/RO

O evento faz parte de uma série de audiências que acontecem em todo país,  propostas pelo secretário-geral  e corregedor nacional OAB, Ari Raghiant Neto, e  visa discutir possíveis alterações no Código de Ética e Disciplina que determina a publicidade na advocacia.

Ascom OAB/RO
Publicada em 16 de novembro de 2019 às 11:47
Audiência Pública para debater “Os Limites da Publicidade na Advocacia” é realizada na OAB/RO

O Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rondônia (OAB/RO), em conjunto com a OAB Nacional, promoveu na tarde desta quinta-feira (14), audiência pública para debater sobre os limites da publicidade na advocacia, na sede da Ordem. O evento faz parte de uma série de audiências que acontecem em todo país,  propostas pelo secretário-geral  e corregedor nacional OAB, Ari Raghiant Neto, e  visa discutir possíveis alterações no Código de Ética e Disciplina que determina a publicidade na advocacia.

A abertura do evento foi feita pelo presidente da Seccional, Elton Assis, que afirmou a necessidade de manter a dignidade da profissão, não permitindo o seu caráter mercantilista. No entanto, entende que é preciso avançar e atualizar o provimento 94/2000.

“A ideia é realizarmos outras audiências como essa, para que possamos ouvir a advocacia e a todos que fazem parte do sistema Ordem. É de extrema importância que criemos limites, para compreender até onde podemos utilizar as mídias digitais, nessa era da evolução tecnológica”, afirmou o presidente Assis.

A mesa foi composta ainda pelo secretário-geral, Márcio Melo; da secretária-geral adjunta, Aline Corrêa; do presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/RO, Jose Bernardes Passos Filho; do presidente da Comissão de Fiscalização do Exercício Profissional, Ronaldo da Cruz; e do presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Rondônia (CAARO), Elton Fülber.

Para a secretária-geral adjunta e corregedora-geral da OAB/RO, Aline Corrêa, os avanços tecnológicos e digitais aconteceram de forma rápida e intensa, e a advocacia precisa atualizar-se. “Precisamos traçar metas, para que assim, consigamos entender o que podemos ou não fazer e assim, termos medidas adequadas para punir aos que não cumprirem o regimento” disse.

Para o secretário-geral, Márcio Nogueira, a comunicação vem ganhando novos rumos e novos formatos e, é preciso remodelar as ações, para que a advocacia não se torne obsoleta. “Vivemos em uma época em que não somos mais pautados pelas grandes mídias convencionais, vivemos a era do digital e, nesse momento, é de extrema importância que a OAB debata normas que se adequem aos dias atuais”, afirmou.

José Bernardes, presidente do TED, trouxe uma reflexão sobre o que diz o Código de Ética do Advogado e afirmou, que “não podemos nos expor a mercantilização da profissão”. “Precisamos avançar quanto as formas de divulgação, porém mantendo-se éticos e íntegros, levando sempre em conta os limites impostos para as mídias digitais”.

Elton Fülber, presidente da CAARO, incitou a reflexão a respeito do que pode e do que não pode ser feito na divulgação dos serviços.  Para ele “é importante que esta, seja acessível a todos os públicos e também, que não seja mercantilizada, caso seja, há uma quebra nos pilares que alicerçam a publicidade na advocacia.

O plenário da OAB ficou repleto de advogados e representante da sociedade civil que participaram ativamente do debate apresentando as suas considerações. Advogados de todo o estado também puderam acompanhar a audiência, por meio de transmissão ao vivo pelos canais da entidade na internet.

No debate foram abordados: a flexibilização das regras de marketing e publicidade, patrocínios de postagens, uso de plataformas digitais para divulgação dos serviços profissionais, divulgação de serviços jurídicos específicos entre outros. O tema está sendo discutido em todas as regiões do Brasil.

O resultado da audiência será enviado a OAB Nacional, para compor o trabalho que está sendo feito em todo o país pela Corregedoria Nacional para a atualização do Provimento 94/2000 e o Código de Ética e Disciplina.

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