Bolsonaro, o destruidor de empregos e do crescimento
O momento do Brasil é gravíssimo! Nenhum índice econômico é positivo
O momento do Brasil é gravíssimo! Nenhum índice econômico é positivo. Nossa previsão de crescimento foi reduzida pela 14ª vez, só este ano. Nossa indústria de transformação, ou seja, a produção de alimentos, remédios, roupas, calçados, eletrônicos e muito mais, está indo à lona. Não há produção porque não há consumo. E não há consumo porque não há renda. E não há renda porque, no Brasil, a única coisa que se vê, desde que a nossa economia foi tomada por lacaios do grande capital, são cortes.
Sim, desde o desgoverno Temer até agora o país abandonou completamente qualquer política de desenvolvimento e, em seu lugar, o que se tem são cortes. De direitos, de salários e de investimentos públicos.
Dias atrás, um dos maiores economistas do País, professor Luiz Gonzaga Beluzzo, sintetizou o estrago dessa política: os cortes nos investimentos do governo Bolsonaro – e que a mídia repete como um mantra - afeta as indústrias e o desenvolvimento do país.
Beluzzo usou a China, um país que caminha para ser a maior economia do mundo, como exemplo contrário. Lá, 80% dos empréstimos são feitos por bancos públicos a empresas públicas e privadas. É o governo, por meio dos bancos públicos, que viabiliza as empresas públicas e faz girar a economia. “Na economia é o gasto que cria renda. No Brasil, precisamos nos livrar desse discurso repetitivo, dessa visão tosca do governo, de que cortar gastos resolve a crise”, disse o professor da Unicamp.
Mas o discurso dos cortes é tão fortemente repetido na mídia empresarial [de forma hipócrita, já que ela própria, a mídia, consome enormes quantias de dinheiro público em publicidade] que até uma parte da população mais carente, que será profundamente prejudicada com a reforma da Previdência, parece acreditar que essa é, mesmo, a única saída. Não é! E a prova está logo ali atrás na história, quando o governo Lula provou que era possível o Brasil crescer e, ao mesmo tempo, distribuir renda.
Com Temer e depois Bolsonaro, porém, parece que voltamos ao período anterior a Lula, quando os governos já optavam por essa mesma política neoliberal de cortes, travestida de austeridade, com promessa de um crescimento que nunca se realizou.
Para desmontar essa mentira, creio que basta levar o povo a algumas reflexões simples: seu poder de compra aumentou ou diminuiu nos últimos anos? Então, como é que vamos crescer com o povo ganhando cada vez menos?
É aí, na apropriação da renda pelo povo que parece estar a chave para o crescimento. É daí, e não de uma reforma da Previdência que só faz retirar direitos e as potencialidades dos trabalhadores, que virá a solução para o Brasil.
*Deputado federal (PT-RS) e secretário nacional agrário do partido
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