Condomínios fechados são o novo alvo do crime organizado em Porto Velho

O último caso aconteceu na segunda-feira,19, quando um bando tentou realizar um arrastão em um condomínio de luxo, localizado na Estrada do Santo Antônio

Luiz Alexandre
Publicada em 22 de agosto de 2019 às 10:45
Condomínios fechados são o novo alvo do crime organizado em Porto Velho

Notícias recentes de ações criminosas de quadrilhas em condomínios de Porto Velho reforça cada vez mais que o crime organizado começou a ver os conjuntos fechados da capital como alvos potenciais. 

O último caso aconteceu na segunda-feira (19), quando um bando tentou realizar um arrastão em um condomínio de luxo, localizado na Estrada do Santo Antônio. O plano foi frustrado pela vigilância e um delegado de polícia que rendeu os bandidos.

“Estamos começando a enfrentar esse problema que já vem ocorrendo há anos nas grandes cidades. Síndicos, condôminos e administradoras de condomínio devem ter a segurança como uma das suas prioridades na gestão condominial”, ressaltou o sócio-diretor de uma conceituada Administradora de Condomínios de Rondônia, Gabriel Tomasete.

Ele conta que o assunto tem sido uma das principais preocupações da empresa que já vem a alguns meses minuciosamente analisando as melhores soluções em segurança para seus clientes. “O que entendemos mais viável é o sistema de portaria remota, além da conscientização dos condôminos quanto às  atitudes pessoais de adotarem uma cultura de segurança”, alertou Tomasete.

A opinião é compartilhada pelo sub-síndico do Villas do Rio Madeira I, Aldo Ferreira, cujo condomínio localiza-se também na Estrada do Santo Antônio. “Um dos maiores desafios para melhorar a segurança é a própria consciência do morador. A responsabilidade não é somente do síndico. Um exemplo simples é que aqui cada morador tem a chave de acesso do seu bloco, onde a porta deve ficar trancada a partir das 22h. No entanto, muitos relaxam nesse ponto e acabam não cumprindo a norma. A participação de cada um é muito importante”, registrou.

Dentre as medidas tomadas pelo condomínio para melhorar a segurança, o sub-síndico, que é funcionário público na área de segurança pública, ressalta que a portaria remota foi uma delas. “Nesse sistema temos o total controle das entradas e saídas do condomínio. Só entra quem é autorizado por alguém. Se porventura qualquer pessoa venha fazer alguma coisa errada, temos como responsabilizar quem deixou a pessoa entrar”, explicou ele ao enfatizar também sobre as melhorias promovidas no sistema de monitoramento por vídeo com a instalação de câmeras de alta resolução e a construção de uma rede de contatos com outros condôminos que atuam na segurança pública.

“É unânime entre os especialistas em segurança de condomínios que a responsabilidade cabe a cada condômino. Por isso, é sempre importante lembrar: quem não previne o crime, colabora com ele”, finalizou Gabriel Tomasete.

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