Força-tarefa de combate a Covid-19 é enviada para São Miguel

Para acompanhar a situação, o secretário da Sesau, Fernando Máximo, e uma equipe de saúde viajam nesta segunda-feira (1°) ao município para, também, conversar com equipes de saúde locais

Mineia Capistrano - Fotos: Daiane Mendonça e Arquivo Agevisa | Secom - Governo de Rondônia
Publicada em 01 de junho de 2020 às 17:41
Força-tarefa de combate a Covid-19 é enviada para São Miguel

A força-tarefa montada pela Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) e Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) em São Miguel do Guaporé, que tem por objetivo apoiar as equipes de saúde na aplicação de medidas de combate ao coronavírus e, assim, conter o avanço da doença no município deve ser concluída esta semana. São Miguel do Guaporé apresentou, na última semana, um número crescente de casos confirmados de Covid-19.

Para acompanhar a situação, o secretário da Sesau, Fernando Máximo, e uma equipe de saúde viajam nesta segunda-feira (1°) ao município para, também, conversar com equipes de saúde locais.

Uma das ações da força-tarefa foi a realização de reunião com o Comitê de Saúde criado no município e, na ocasião, foram firmadas as demais tarefas que têm a missão de ajudar a controlar a Covid-19 no município. Um dos assuntos tratados na reunião foi a situação do comércio, que mesmo com o aumento no número de casos positivos ainda apresentava lojas abertas e fluxo intenso de pessoas nos estabelecimentos comerciais. Outra constatação que demonstra preocupar os profissionais de saúde é o fato de muitos moradores não acreditarem na Covid-19. Frente à esta situação, equipes de Vigilância Sanitária e da Segurança declararam que serão mais atuantes e veementes para inibir aglomerações em São Miguel do Guaporé.

Foram enviadas para São Miguel do Guaporé profissionais da área da saúde do trabalhador e do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da Agevisa e, por isso, uma das principais ações foi o acompanhamento do lançamento dos dados e preenchimento de formulário para fechamento dos casos.

“Os profissionais de saúde do município estavam notificando manualmente, o que fazia com que o procedimento se tornasse mais lento e com a possibilidade de ausência de dados. Sem CPF, por exemplo, ou o nome completo do paciente, o sistema não aceita, o que dificultava o lançamento dos dados”, explica Luzanira Morais, coordenadora do Cievs.

Outro problema detectado em São Miguel do Guaporé foi o fato de um mesmo paciente ter sido lançado no sistema mais de uma vez, o que gerava  retrabalho para as equipes ajustarem os dados. “Houve casos de uma pessoa ser lançada três vezes no sistema”, especifica Luzanira. “Mas ao final, o saldo geral do alinhamento das ações foi positivo, percebemos o fluxo bem desenhado, epidemiologicamente organizado. Cada profissional com sua responsabilidade bem definida”, conclui. As orientações foram estendidas para equipes dos laboratórios particulares.

UNIDADES DE SAÚDE

Atuação dos profissionais na Unidade Básica de Saúde do Município

Outra ação implementada em São Miguel do Guaporé no decorrer da realização da força-tarefa foi a separação, com tapumes, das áreas da Unidade de Saúde Municipal. Até semana passada eram realizados, no mesmo espaço, serviços diversos voltados à saúde, nas proximidades do local destinado à realização de testes para detectar a Covid-19. Agora foi disponibilizado um espaço somente para atendimento da Covid-19.

No município, as equipes também realizaram contato telefônico com pessoas confirmadas e para positivados por meio de contato, os chamados casos clínico epidemiológicos. Nas ligações foram repassadas as informações sobre a doença, contato com os demais familiares para reduzir a probabilidade de contágio e importância do isolamento social. No total, mais de 30 pessoas foram contactadas.

FRIGORÍFICO

Os profissionais de saúde tanto da Agevisa quanto da Sesau também visitaram o frigorífico que teve funcionários positivados para coronavírus. No local informaram que os procedimentos relacionados à segurança estão em pleno funcionamento, como aferição de temperatura das pessoas que chegam no estabelecimento, tapete com hipoclorito e disposição de álcool em gel. As equipes foram recebidas por um técnico de segurança do trabalho e entregaram um questionário para preenchimento por parte dos gestores. O frigorífico tem 800 funcionários, mas foi temporariamente fechado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) para não oferecer risco de propagação do vírus para os demais colaboradores. O estabelecimento se manterá 100% fechado por 14 dias.

“A ação das equipes de saúde foi de suma importância no município, creio que 90% do nosso objetivo foi cumprido”, destaca Elizane Melo, gerente técnica em vigilância em saúde do trabalhador. Em relação aos casos de Covid-19 registrados no frigorífico, ela explicou que está sendo feita análise epidemiológica para a compreensão do contágio dos trabalhadores.

A força-tarefa realizada em São Miguel do Guaporé durou três dias e no envio das equipes, tanto o secretário de Estado da Saúde, Fernando Máximo, quanto a diretora geral da Agevisa, Ana Flora Gerhardt, declararam a importância do trabalho estratégico de orientação com o objetivo de ajudar o município a identificar e implementar ações eficazes contra o avanço do coronavírus em São Miguel do Guaporé.

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