Informante processa a Abin após pagamentos serem suspensos sem explicações
Informante colaborava com agentes ligados ao setor antiterrorista da Agência Brasileira de Inteligência, órgão subordinado ao GSI, comandado pelo bolsonarista Augusto Heleno
247 - Um ex-informante da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), órgão subordinado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comandado pelo general bolsonarista Augusto Heleno, ingressou com uma ação na Justiça pedindo indenização após os pagamentos que recebia terem sido interrompidos sem explicações.
De acordo com a coluna do jornalista Rodrigo Rangel, do Metrópoles, o informante colaborava com agentes ligados ao setor antiterrorista da agência por meio do repasse de informações sobre atividades suspeitas de ligações com grupos terroristas radicados na região da Tríplice Fronteira, entre Brasil, Argentina e Paraguai.
“A ação foi movida na cidade paranaense de Foz do Iguaçu depois que a Abin, ainda sob o comando do delegado federal Alexandre Ramagem, resolveu cortar a verba secreta destinada a remunerar informantes que contribuíam com informações sobre assuntos de interesse da agência”, destaca a reportagem.
O caso, que virou motivo de piada interna nos corredores da Abin, teria sido alvo de duras críticas por parte de chefias da agência por expor o amadorismo do órgão durante a gestão de Alexandre Ramagem, amigo do clã Bolsonaro e que foi escolhido pessoalmente por Jair Bolsonaro para ocupar o comando da agência.
“Incidentes como esse, reflexo da interrupção pouco cuidadosa da relação com os informantes, não apenas põem em risco as próprias fontes como revelam alvos sob investigação e, não raro, expõem os agentes envolvidos nas operações”, observa o colunista.
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