Mesmo com alerta de delegados, mais um vilhenense cai em golpe e perde R$ 4 mil com “namorada virtual”
Estelionatária pediu dinheiro dizendo que estava em missão no Afeganistão.
Em Vilhena, um homem de 52 anos procurou a Polícia Civil na quinta-feira, 28, após ter sido vítima de um estelionato, crime que tem sido visto com maior frequência nas ocorrências registradas na maior cidade do Cone Sul de Rondônia.
Ele relatou que namorava uma mulher, mas ela dizia que estava em uma missão no Afeganistão. Ela lhe disse também que havia encontrado um tesouro, e tinha o objetivo de investir no Brasil, além de prometer lhe enviar milhões de dólares. Porém, para fazer a transação, precisaria que ele depositasse em sua conta a quantia de R$ 3.950.
Após depositar R$ 4 mil, ele percebeu ter sido vítima de um golpe. A ocorrência foi registrada e a Polícia Civil irá investigar esse caso de “estelionato amoroso”.
Para a edição 1250 da versão imprensa da FOLHA DO SUL, a reportagem entrevistou dois delegados que lidam com os casos em Vilhena, e eles alertaram que a população precisa ficar mais atenta aos golpistas, que na maioria das vezes usam a internet para fazer suas vítimas.
Segundo o Delegado de Polícia Civil André Carli, os golpes mais comuns são aplicados em sites de vendas, desde a compra e venda de objetos pequenos, e até veículos.
“Uma pessoa anuncia um carro a venda no site, o interessado aparece, mas também surge um intermediário com interesse no negócio, que coloca um terceiro como seu emissário e no final das contas acaba gerando uma confusão”, explicou.
Nos casos mais comuns, as vítimas entregam seus bens após receber um comprovante de que o valor pedido pelo bem foi depositado, porém, o envelope que foi colocado no caixa estava vazio, e a pessoa só vai se atentar a isso quando ver que o dinheiro não caiu na conta.
“A orientação que a polícia dá sobre isso é nunca entregar o veículo com antecedência, antes da compensação bancária. Se possível, quando for vender algo, marcar um encontro em algum local com testemunha. Marque na porta de um cartório, por exemplo, um órgão público, delegacia, ou em qualquer outro local que iniba o estelionatário de praticar o golpe”, aconselhou.
Ainda assim, ele explica que a prática pode não se tornar impossível, mas dá para adotar medidas que minimizem o risco de cair em golpes que envolvem negócios, principalmente em sites.
O também Delegado da Polícia Civil Thiago Loiola acrescentou que a internet é um mundo a parte, e o vendedor não consegue ver o rosto do comprador, ou quem está por trás de uma loja, então é importante pesquisar antes.
Ele conta que o golpe do falso seqüestro também tem acontecido em Vilhena. Ligam de um número privado até encontrar alguém que acredite que algum ente está sob o poder de bandidos e pedem dinheiro em troca de sua liberdade, com ameaças que aterrorizam.
Há também a clonagem de celulares: após o número ser clonado, o estelionatário entra em contato com pessoas que estão na agenda da vítima, se passando por ela, e pede dinheiro emprestado, como aconteceu com um professor de Vilhena, logo no início do ano.
O aconselhamento dado é que, mesmo que as pessoas não sejam vítimas e percebam o golpe antes de cair nele, é importante procurar a Delegacia de Polícia Civil para registrar o caso.
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Após constatar a veracidade das denúncias, o Delegado responsável pela investigação, solicitou, junto ao Poder Judiciário, um Mandado de Busca e Apreensão.
Balanço da Operação “Insurance”
As investigações apontaram que A.S.R. negociava seguros de veículos com as vítimas, porém, quando estas iam fazer o pagamento, solicitava que fosse feito em espécie, ficando com tais valores para si.
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Durante a operação foi cumprida a busca e apreensão domiciliar na residência de um vereador da cidade que, conforme restou apurado nas investigações, indicava pessoas para exercer cargos de livre nomeação e exoneração no poder executivo municipal.
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