Mobilização debate futuro do sistema aquaviário
O evento teve como foco as discussões referentes ao transporte aquaviário
A proteção e o fortalecimento à navegação brasileira – com vistas a medidas que permitam elencar proposta para cada Estado onde a navegação atua em grande escala – foram amplamente discutidos na tarde de quarta-feira (6), durante a realização da 2ª edição do evento denominado “Porto Velho Capital da Navegação”, desenvolvido pela Federação Nacional das Empresas de Navegação Aquaviária (Fenavega) e total apoio da Sociedade de Hidrovias e Portos do Estado de Rondônia (Soph). O evento aconteceu no auditório da OAB/RO, com a participação de sindicatos do setor, armadores, representantes do poder público e da sociedade civil organizada.
O movimento de mobilização “Capital da Navegação” tem sido realizado em várias outras capitais, com o foco maior nas discussões referentes ao transporte aquaviário. Durante as discussões, foram apontadas as fragilidades da infraestrutura, bem como os participantes identificaram problemas e apresentaram soluções para o setor, considerado de grande importância por ser responsável pela movimentação de aproximadamente 95% das exportações brasileiras, alcançando a impressionante marca de 1,2 bilhões de toneladas transportadas.
A proposta é levar a mobilização em cada Estado onde a navegação atua em grande escala
Ao se pronunciar sobre o movimento “Capital da Navegação”, o diretor de Fiscalização e Operação do Porto de Porto Velho, Fernando Cesar Ramos, destacou que a realização do evento em Porto Velho chama a atenção das autoridades e sociedade para compreender a importância da navegação para a economia do Estado e do Brasil. “Faz com que tenhamos a possibilidade de trazer os principais personagens do setor para traçarmos estratégias para lidarmos com os principais gargalos, bem como também criar uma pauta acerca de investimentos futuros, uma vez que a integração modal de transporte é a melhor maneira de aproximar o produtor do mercado consumidor”, argumentou.
O diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Adalberto Tokarski, chamou a atenção para maior segurança à navegação, redução de custos para incentivar o agronegócio. “A discussão aqui, dentre vários assuntos, é viabilizar uma melhor navegação. Hoje, temos problemas enfrentados na navegação e esse movimento traz à tona debates importantes para que se possa viabilizar uma melhor navegação. Por exemplo, aqui não temos uma dragagem que ainda funciona no Rio Madeira e isso acarreta que em tempo de águas baixas seja preciso navegar com a embarcação com menos carga. Temos problemas de dragas no rio e outro que tem causado a sedimentação que passou a assorear mais o rio e a necessidade de se tomar providência. Então é assim, temos uma série de problemas para se resolver e a Antaq que regula a navegação apoia o desenvolvimento da navegação do Madeira que não é importante só para o Estado de Rondônia, mas para todo o Brasil”, enfatizou.
O vice-presidente de Transporte Aquaviário da CNT e presidente da Fenavega (Federação Nacional das Empresas de Navegação Aquaviária), Raimundo Holanda, ressaltou que toda navegação brasileira está representada em Rondônia para discussões de temas relevantes para o setor, tendo uma grande importância, de modo que se possa identificar os entraves ao desenvolvimento deste importante modal e junto com o Poder Público buscar soluções para os problemas existentes.
Para Raimundo Holanda, a proposta é levar a mobilização em cada Estado onde a navegação atua em grande escala. Ele chamou a atenção para pontos como a ampliação de drenagem e sinalização dos rios, desburocratização da navegação e os investimentos necessários para sua melhoria foram debatidos.
A 2ª edição do movimento “Capital da Navegação” contou com a presença de representantes – além da Fenavega e Antaq – da Sociedade de Hidrovias e Portos do Estado de Rondônia (Soph), sindicatos, representantes do Poder Público, como o desembargador do Poder Judiciário de Rondônia, Raduan Miguel Filho, do presidente da OAB/RO, Elton Assis, e da sociedade civil organizada.
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