O medo cobre a cidade
Entra governo, sai governo, sempre se fala na aquisição de novos e modernos equipamentos e na adoção de providências supostamente destinadas a devolver um pouco de tranquilidade aos moradores da cidade.
Antes de chegar ao comando do Estado de Rondônia, numa eleição memorável, o Coronel Marcos Rocha respirava segurança pública vinte e quatro horas. No governo do hoje senador Confúcio Moura comandou a Secretaria da Justiça – SEJUS. Conhece, portanto, como poucos, a engrenagem desse sistema extremamente complexo. Vale destacar que o setor foi um dos pilares de sua campanha eleitoral.
Assim, qualquer que seja a alegação das autoridades, Porto Velho não pode permanecer submetida ao medo. Entra governo, sai governo, sempre se fala na aquisição de novos e modernos equipamentos e na adoção de providências supostamente destinadas a devolver um pouco de tranquilidade aos moradores da cidade. O resultado do dispêndio de vultosas somas de recursos, porém, ainda está por acontecer.
É frequente o vai-e-vem de carros policiais trafegando em quase todos os bairros da cidade e até nas linhas vicinais, sem que até agora essa movimentação se tenha traduzido na oferta de mais paz e tranquilidade aos habitantes da capital rondoniense. Pelo contrário, tem crescido a quantidade de delitos, sendo algumas ocorrências, até então, inéditas.
O dano patrimonial, no entanto, é quase certo na ocorrência de assaltos, ou outras formas de delinquências, aumentando, por conta disso, a intranquilidade de todos, produzindo efeitos na própria vida da cidade. Não precisa ser especialista em coisa nenhuma para saber o quanto isso afeta o potencial econômico de muitos negócios.
A repetição com que os delitos acontecessem interfere, também, nos resultados do setor de lazer e diversão. Enquanto tudo isso ocorre, o máximo que se observa é o tráfego intenso de viaturas policiais. A presença dos agentes, mais que dentro dos veículos, deveria verificar-se nas ruas, principalmente, nos locais em que se registram mais índices de ocorrências. É preciso investir em prevenção. Somente medidas de caráter preventivas conseguirão diminuir os elevados números de violência. Investir em equipamentos novos e modernos é importante, mas isso não dispensa a presença dos policiais, andando nos locais de maior risco. Inaceitável, contudo, é o domínio da delinquência sobre uma população trabalhadora e honesta.
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