Pesquisa revela o impacto do Covid-19 na vida dos moradores das maiores favelas do país

Outdoor Social® conduz pesquisa nas 10 comunidades mais populosas da periferia brasileira

Assessoria
Publicada em 01 de julho de 2020 às 14:46
Pesquisa revela o impacto do Covid-19 na vida dos moradores das maiores favelas do país

Fernando Frazão/Agência Brasil

Outdoor Social® conduz pesquisa nas 10 comunidades mais populosas da periferia brasileira - G10 e mostra que a população mais vulnerável também tem medo de ser infectada e, diferente do que muitos acreditam, está conseguindo fazer o isolamento social

O Brasil é um país de grande desigualdade social e, por isso, uma das maiores preocupações, desde que o Covid-19 chegou por aqui, tem sido a propagação do vírus nas periferias, que caracterizam-se por terem as residências muito próximas, famílias que vivem em casas de cômodo único, dificuldade no abastecimento de água, pouco acesso ao saneamento básico, entre outros fatores agravantes.

Para entender o impacto da pandemia nessa população, o Outdoor Social® - negócio que atua no mercado brasileiro de publicidade instalando painéis publicitários para a comunicação nas periferias e no desenvolvimento de pesquisas de opinião e consumo com este público - realizou entrevistas telefônicas com moradores das 10 comunidades mais populosas da periferia do Brasil, classificados como G10. "Diante da pandemia, nós vimos a necessidade de fazer essa pesquisa junto aos moradores, para entender a realidade que eles estão vivendo e como estão reagindo às mudanças" comenta Emília Rabello, fundadora do Outdoor Social®.

Um dos principais pontos era constatar o quão próximo deles o vírus havia chegado. A resposta de 79% dos entrevistados é que ou eles próprios ou pessoas conhecidas contraíram a doença e 90% acreditam na existência do Covid-19. A crença na existência do vírus é mais forte quando há pessoas infectadas no círculo social dos entrevistados.

Ao contrário do que se pensa, as comunidades estão mantendo um índice de 68% de isolamento social, bem maior que boa parte das cidades brasileiras, que mantém médias abaixo de 60%.

O principal motivo para permanecerem em casa é o medo de ficar doente - resposta de 68% dos que cumprem a quarentena. Já dos que saem de casa, 84% declaram que vão para a rua porque precisam trabalhar.

A TV é a principal fonte de informação dos moradores do G10

Apesar de 42% dos respondentes declarar que se informa através da internet ou redes sociais, a confiabilidade nessas informações é muito baixa. Já a TV aberta é considerada o veículo mais confiável, segundo 58% das respostas. Somando TV aberta e por assinatura, 78% utilizam esse meio para o abastecimento de informações.


Desempregos x otimismo

Com a economia parada, o índice de desemprego no país tende a crescer e essa é uma realidade para 30% dos entrevistados, já outros 44% se mantém em empregos informais. O setor de serviços foi apontado como o último emprego por 58% dos respondentes; é também o que mantém o maior percentual de empregados formais - 64%. A maior parte dos sem vínculo empregatício (61%) tem recebido algum tipo de ajuda durante a quarentena, seja pelo governo (87%) ou através de instituições da sociedade civil, como igrejas, associações de moradores ou ONGs (28%).

Mas a esperança é de que tempos melhores estão por vir. 62% dos sem vínculo empregatício acreditam que irão conseguir uma vaga no mercado de trabalho após o fim da pandemia, mesmo que com salário menor. "Apesar de 40% dos entrevistados estarem com a expectativa de receber menos, temos 24% que acreditam que sua remuneração irá aumentar. As mulheres estão mais otimistas e representam 70% dos que confiam em salários maiores" conclui Emília.
 

Pesquisa de opinião pública Periferia G10 - Ampliado e o Covid 19

Realização: Outdoor Social®
Metodologia: Pesquisa telefônica, nos meses de maio e junho, quantitativa por amostragem, tendo como base os exibidores de painéis publicitários cadastrados no banco de dados da empresa, todos moradores das áreas do G10. Foram realizadas o equivalente a 400 entrevistas, sob o cálculo de uma margem de erro média de 5%, com 95% de nível de confiança.

Comunidades pesquisadas: Cidade de Deus (AM), Pirambú (CE), Sol Nascente (DF), Coroadinho (MA), Aglomerado da Serra (MG), Baixada da Estrada Nova Jurunas (PA), Baixada da Condor (PA), Casa Amarela (PE), Rocinha (RJ), Complexo do Alemão (RJ), Complexo Maré (RJ), Rio das Pedras (RJ), Paraisópolis (SP) e Heliópolis (SP).

Sobre o Outdoor Social®

Criado em 2012, o Outdoor Social® é um negócio de impacto que atua no mercado brasileiro de publicidade como uma mídia OOH para a comunicação com a periferia e no desenvolvimento de pesquisas de opinião e consumo com este público. Presente em 6.200 comunidades em todo o país, a empresa conta com 150 agentes comunitários, responsáveis pela análise do local, cadastramento e contato junto a moradores de comunidades que cedem seus muros para a colação de painéis publicitários, grafites ou promoções, de forma remunerada. Com uma economia circular e gerando renda dentro das favelas, o sistema já beneficiou mais de 30 mil famílias.

Para mais informações: www.outdoorsocial.com.br ou pelo Instagram @outdoorsocial

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