Plano de Prevenção e Combate às Queimadas é implementado para conscientização e suporte em unidades de conservação em Rondônia
Com a missão de apresentar as possibilidades de utilização do solo, sem queimá-lo, engenheiros florestais, da Coordenadoria de Florestas Plantadas da Sedam, demonstrarão por meio de palestras e desenvolvimento prático o plantio consciente de espécies, para proteger as florestas.
Com o objetivo de assegurar o equilíbrio do meio ambiente em Rondônia, o Governo de Rondônia implementa o Plano de Gestão Ambiental de Prevenção e Combate às Queimadas e Incêndios Florestais. Após determinação do Tribunal de Contas do Estado, as ações iniciaram no fim de 2018 e a nova gestão dá continuidade buscando antever-se no período de estiagem, onde iniciam os focos de calor.
Para promover a educação ambiental e a conscientização de prevenção, o plano elaborado em multinível formou-se com parcerias da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Batalhão de Polícia Ambiental, Defesa Civil, Centro Nacional de prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) e Corpo de Bombeiros Militar, onde cada instituição se comprometeu com ações específicas para atividades de curto, médio e longo prazo, com prioridade aos municípios de maior incidência de focos de calor, que são: Porto Velho, Nova Mamoré, Candeias do Jamari, Machadinho do Oeste, Buritis e Cujubim, que correspondem a 69% da área desmatada no Estado.
Os focos de calor com maior impacto ocorrem em áreas rurais, com isso, o Plano contempla algumas unidades de conservação, com ações preventivas de conscientização à população, considerando a tradição em famílias que aprenderam a queimar como forma de eliminar o lixo. Nas áreas rurais, as folhas podem ser utilizadas de outras formas, como, por exemplo, adubo para as plantas. Segundo a Coordenadoria de Educação Ambiental da Sedam, o trabalho maior é de sensibilização para gerar a identificação da população com o reflexo de suas atitudes, que podem causar empobrecimento do solo, morte de animais, prejuízo aos recursos hídricos e ao ser humano diretamente, com doenças respiratórias e maior calor.
“Vamos antever aos fatos e trabalhar a prevenção buscando formas de conscientizar e mostrar que tem outras formas de se fazer, como o uso alternativo do solo, mostrando a vantagem em manter a floresta em pé e conseguir recursos com o plantio de árvores”, explicou o coordenador Fábio França.
Com a missão de apresentar as possibilidades de utilização do solo, sem queimá-lo, engenheiros florestais, da Coordenadoria de Florestas Plantadas da Sedam, demonstrarão por meio de palestras e desenvolvimento prático o plantio consciente de espécies, para proteger as florestas, como o eucalipto que consegue ser resistente ao fogo e pode evitar o alastramento da queimada, além de garantir uma nova fonte de renda. “A prática do fogo é muito utilizada hoje para renovação de pasto e estaremos levando outras alternativas para atender a mesma finalidade”, garantiu o coordenador Ari Valdir.
Os focos de calor com maior impacto ocorrem em áreas rurais
Dentre as ações contempladas pelo Plano de Gestão Ambiental de Prevenção e Combate às Queimadas e Incêndios Florestais está sendo criado um programa de educação ambiental para a agricultura familiar e capacitação de técnicos de extensão rural, com práticas conscientes para o sistema ambiental. Destaca-se o curso de agente ambiental voluntário, para trabalhar com os moradores tradicionais no entorno das unidades de conservação, aproximando a população e conscientizando a respeito da responsabilidade de manter o ambiente sadio, onde o agente somará com a capacitação em cada localidade de forma preventiva. E o curso para brigadistas destinado à população próxima às unidades de conservação, que atuarão na prevenção e situação de combate ao incêndio, com treinamentos específicos e fornecimento de equipamentos para combater o fogo, considerando sempre a prioridade de prevenção do fogo.
O Plano também contempla a criação de comissões interinstitucionais municipais, de grande valia para que os municípios trabalhem sob as perspectivas de cada localidade, seguindo as diretrizes do Ministério do Meio Ambiente, com parcerias formadas por órgãos públicos e entidades civis, junto à sociedade, para tratar a educação ambiental, conforme o Governo já atua em nível estadual. Ampliando ainda ações de comando e controle integradas nos 52 municípios de Rondônia.
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