Rondônia deve produzir 1,2 milhões de toneladas de soja na safra 2019/2020

O avanço da soja em Rondônia se dá, principalmente, em cima de áreas degradadas de pastagens abertas há 40 anos e que hoje estão sendo efetuados os trabalhos de Integração, Lavoura e Pecuária (ILP)

Seagri Fotos: Dhiony Costa e Silva e Rinkon Martins
Publicada em 13 de janeiro de 2020 às 15:28
Rondônia deve produzir 1,2 milhões de toneladas de soja na safra 2019/2020

A expectativa é de chegar a 1,2 milhões de toneladas de soja na safra 2019/2020

O governo do Estado projeta que a produção de soja, em Rondônia, deve chegar a 1,2 milhões de toneladas na safra 2019/2020. O anúncio foi feita no sábado (11), durante o Circuito Tecnológico Amaggi, realizado na Fazenda São Paulo – Grupo Céu Azul, no município de Cujubim, pelo vice-governador e governador em exercício, José Jodan.

Apesar de ser um estado novo, com 38 anos, hoje Rondônia se destaca na produção de soja na região Norte, pois está em constante desenvolvimento. O escoamento dos grãos é realizado através da hidrovia do Madeira, em Porto Velho. Os grãos são levados até o município de Itacoatiara, no estado do Amazonas. 

“Cada ano que passa nós estamos melhorando a produção de soja. O nosso Estado é privilegiado com os nossos portos, com as condições do nosso ciclo chuvoso, considerado muito correto, e com nossas terras boas, além das capacitações dos nossos produtores que vêm investindo diariamente para melhorar a produção”, disse Jordan.  

Rondônia contém em torno de 24 milhões de hectares, desses 33% são áreas antropizadas e os restantes ainda são matas nativas protegidas por governos estaduais, federais, áreas indígenas, reservas legais e particulares.

O vice-governador José Jodan e secretário de Estado da Agricultura, Evandro Padovani, participaram do evento Cicuito Tecnológio 2020 em Cujubim

De acordo com o secretário da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), Evandro Padovani, a soja, como área de principal cultura do estado, cresce por ano em torno de 20%.  “Rondônia tem um potencial muito grande. Neste ano, na safra de 2019/2020, nós devemos passar de 400 mil hectares, podendo chegar a produção de 1,2 milhões de toneladas”, explicou. Padovani ainda informou que nos próximos cinco anos, Rondônia pode chegar a 1 milhão de hectares na área de produção de soja.  

O Estado já mostrou que é possível produzir e conservar. Hoje tem um grande percentual de matas preservadas e uma produção com sustentabilidade significativa. O avanço da soja em Rondônia se dá, principalmente, em cima de áreas degradadas de pastagens abertas há 40 anos e que hoje estão sendo efetuados os trabalhos de Integração, Lavoura e Pecuária (ILP), já que Rondônia tem o 6º maior rebanho do Brasil, com mais de 14 milhões de cabeças de bovino e 7 milhões de hectares ocupado pela pecuária. 

Padovani ainda ressalta que a soja entra recuperando essas áreas degradadas com sustentabilidade. “A soja não está entrando em novas áreas, não está promovendo o desmatamento, ao contrário, nós estamos recuperando áreas que estavam sem produtividade, principalmente na pecuária e voltando ela a ser altamente produtiva. Então a integração, lavoura e pecuária é o que está sendo trabalhado fortemente aqui no estado de Rondônia”, relatou.

Dia de Campo – Fazenda São Paulo – Grupo Céu Azul

CIRCUITO TECNOLÓGICO

O evento Circuito Tecnológico também ofereceu aos produtores rurais, técnicos e estudantes um dia de campo recheado com novidades do setor.  

Os participantes puderam conhecer as novas tecnologias disponíveis para aumentar a produção da soja. Os técnicos também apresentaram aos participantes temas voltado aos cuidados de adubação, boas práticas de aplicação de defensivos agrícolas, sustentabilidade e cuidado do com o meio ambiente para o plantio e colheita da soja. 

“Nossos produtores são muitos passíveis à aceitação dessas novas tecnologias e orientação.  O governo do Estado vem realizando esse trabalho junto com a Emater/RO e Idaron/RO para ajudar nossos produtores. O mercado nacional e o mercado internacional estão muito exigentes e nós precisamos cuidar da certificação de nossas propriedades e produzir com sustentabilidade”, finalizou o secretário, Evandro Padovani.

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