Rua Guiana muda de nome para homenagear Euro Tourinho
Propositura foi feita por grupo que frequenta o Buraco do Candiru, que recebia o jornalista. Câmara aprovou o projeto por unanimidade e sem ressalvas
Jornalista Euro Tourinho
Em março deste ano, um grupo formado por 10 renomados profissionais, entre advogados, jornalistas, músicos e historiadores, entregou uma proposta ao presidente da Câmara de Vereadores, Edwilson Negreiros (PSB), para mudar o nome da Rua Guiana (bairro Embratel) para Alameda Jornalista Euro Tourinho, homenageando o profissional da comunicação mais longevo de Rondônia e fundador do centenário jornal Alto Madeira, falecido no final do ano passado, aos 97 anos.
Euro Tourinho era considerado “presidente de honra da Confraria do Buraco do Candiru”, estabelecimento cultural fundado há quase cinco anos na Rua Guiana. Um dos fundadores e proprietário do prédio que abriga o Buraco do Candiru, o também jornalista Marcus Vinicius Danin, fala com carinho da presença sempre marcante de Euro Tourinho no local. “O nobre homenageado era frequentador da Confraria do Buraco do Candiru e sempre foi recebido com reverências. Tanto que sempre foi e é considerado seu presidente de honra. Sua presença contagiava, sempre alegre e com suas histórias. Assim como era um ouvinte atento e respeitoso, seja qual fosse o tema”, afirmou Danin.
Outro confrade, o advogado Demétrio Justo, um dos autores da propositura, que virou o projeto de lei 4.026/2020, proposto pelo próprio Edwilson Negreiros, explicou como surgiu a ideia da Alameda. “Com seu falecimento, surgiu a ideia da homenagem. As condições físicas da via não contribuem muito, mas o sonho foi levado ao presidente da Emdur, Thiago Tezzari, que achou interessante e disse que este poderia se tornar um projeto piloto para ser implantado também em outras vias”.
Na última sexta-feira (26), o presidente Edwilson Negreiros assinou e promulgou a Lei 2.757/2020, que torna a mudança real. A expectativa é que a antiga Rua Guiana, agora Alameda Jornalista Euro Tourinho seja revitalizada, com a instalação de placas de indicação com os nomes das vias, seguindo um padrão parecido com o Rio de Janeiro, além de ser a primeira rua com fiação elétrica subterrânea, também semelhante com alguns bairros da Capital carioca.
Propositura e história
A proposta para mudança de nome da Rua Guiana ao presidente Edwilson Negreiros foi feita pelos confrades do Buraco do Candiru: Odair Martini, Sílvio Persivo, João Paulo Viana, Carlos Henrique Ângelo, Demétrio Justo, Marcus Vinícius Danin, Emanuel Casara, Cândido Ocampo, Dante Ribeiro da Fonseca e Luiz Carlos Ferreira.
Euro Tourinho é o filho mais velho de Homero de Castro Tourinho e de Dona Eulália Malheiros Tourinho, nasceu em 17 de janeiro de 1922 na cidade de Corumbá, no Mato Grosso. Veio para Rondônia quando o pai, Homero, veio a serviço da Secretaria de Fazenda na área que viria a ser o então Território do Guaporé, depois transformado em Rondônia, que na época ainda era Mato Grosso, pois era agente fiscal daquele estado.
Estudou no Colégio Dom Bosco de Porto Velho e de Manaus, onde casou-se, em 04 de dezembro de 1943, com Maria do Carmo Rodrigues Kang Tourinho.
Em 1953 tornou-se colunista social somente deixando de fazer a sua “Coluna Social”, em 1968, quando cedeu o lugar para Ciro Pinheiro, um outro baluarte do jornalismo estadual.
No ano de 1970 adquiriu, com seu irmão Luiz Tourinho, o jornal “Alto Madeira”, um dos mais antigos em circulação no país, passando a ser um dos seus proprietários.
Faleceu em 25 de novembro de 2019 com 97 anos de vida e 70 anos de jornalismo, sendo não somente o decano da imprensa rondoniense, como o jornalista mais antigo em atividade no país.
Com uma trajetória de quase sete décadas de batente na imprensa e mais de 50 anos à frente do jornal “Alto Madeira”, Euro Tourinho, mesmo sem ter buscado, é detentor de mais de uma centena de homenagens.
Ainda que de natureza recatada e pouco propenso a homenagens, acumulou, pelo apoio a diversas causas, assim como pela influência do jornal, uma quantidade enorme de títulos e condecorações.
Lei 2.757/2020
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1912 – Começa a vigorar o contrato do Governo brasileiro com a empresa The Madeira-Mamoré Railway Limited, arrendando por 60 anos a exploração da ferrovia Madeira-Mamoré
'DO FUNDO DO BAÚ'
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Comentários
Homenagem justíssima! Mas melhor seria criar uma praça para homenagear tão ilustre personagem, pois, so mudar o nome da via, há de causar graves problemas para moradores e, principalmente, comerciantes locais que precisam adaptar documentos e mídias ao novo nome. Aí continua sendo conhecida pelo nome anterior e a homenagem perde todo o sentido. Como exemplos mais gritantes temos as avenidas Abunã e Rio Madeira, fora outras vias de menor cotação.
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