Taxista que morreu de coronavírus em Porto Velho relatou drama, “médico disse que só se tiver falta de ar e dor de cabeça”; ouça
Aparecido Rodrigues Lopes, o “Leão”, de 66 anos morreu em seu apartamento, sozinho, sem conseguir realizar os exames necessários
A morte do taxista Aparecido Rodrigues Lopes, o “Leão”, de 66 anos, ocorrida na última quarta-feira, 8, em Porto Velho, comprova o drama vivido pela grande maioria dos brasileiros, a precariedade da rede pública de saúde e a falta de informação adequada.
O taxista trocou mensagens com um amigo, identificado por Júnior, através do WhatsApp. Na primeira mensagem, Leão conta que foi ao médico e relatou seus sintomas e a suspeita de que estaria infectado com o Covid-19. No áudio, Leão diz, “e ele falou que não. Que esse coronavírus ai é só se tiver falta de ar, e dor de cabeça e dor de garganta. Se não tiver não, não faz não (o exame), fazer o que né?”, diz o taxista.
Em um segundo áudio, ele continua, “olha Júnior, eu acho que não é isso não. É gripe mesmo. Só moleza no corpo, porque essa gripe ai dá mesmo moleza no corpo”.
Em um terceiro áudio, com a voz rouca, Leão relata ao amigo, “Júnior, eu fiquei internado o dia inteiro, eu tô com suspeita do coronavírus. Só que a máquina de fazer o raio-x do pulmão tá quebrada. Esse governo é mentiroso. Arruma um lugar barato pra eu fazer o exame, que minha advogada disse que vai me ajudar, ela vai pagar. Eu tenho que ficar 14 dias em casa. Não é pra eu sair pra lugar nenhum”.
O médico que lhe atendeu demonstrou solidariedade e lhe ajudou a comprar os medicamentos e lhe recomendou que fosse para sua casa e seguisse os protocolo de isolamento, solicitando a ele que fizesse o Raio-x particular e lhe entregasse em mãos, o mais rápido possível.
O site Jaru On Line postou em seu canal no Youtube os áudios completos do taxista, você confere mais abaixo. Aparecido não conseguiu o apoio que precisava. Ele foi encontrado morto em seu apartamento, na Rua Uruguai, bairro Nova Porto Velho.
A secretária de Estado de Saúde confirmou que Aparecido morreu em decorrência da doença. A prefeitura de Porto Velho emitiu uma nota pública informando que “o paciente era portador de diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica (fazia uso recorrente de medicamentos)”. A prefeitura também solicitou para que pessoas que tiveram contato com o taxista, procurassem os serviços de saúde para exames.
A vigilância epidemiológica atende através dos telefones 3223-5958 e 098473-7909.
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Comentários
Sim, a prefeitura quer saber quem teve contato com o taxista mas não vai fazer nada em relação as máquinas de raio-x? E o Estado, fala o que a respeito???????
Se tem vaga, pq não internaram?
Com todo respeito a família enlutada e aos amigos. Cabe observar que, sim, ele era grupo de risco, logo, não deveria estar circulando na cidade. Foram passadas as medidas de prevenção com relação a idosos.
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