'Vacina previne câncer do colo do útero', ressalta médico oncologista da Unifesp
Ramon Andrade de Mello destaca a importância do exame preventivo
Dr. Ramon Andrade de Mello
Desde 2014, o Ministério da Saúde implementou o calendário de vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 12 anos. A partir de 2017, o órgão estendeu a vacina para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. “Essa iniciativa vai ajudar a proteger uma geração de mulheres contra o câncer do colo do útero. A vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros são responsáveis por aproximadamente 70% dos casos desse câncer”, aponta o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal).
O especialista explica que esse tumor é causado pela infecção por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV), que é facilmente diagnosticado por meio de exame. “O exame preventivo periódico é extremamente importante para a cura dessa doença. Por isso, as mulheres não devem se abdicar desse procedimento”, destaca o médico.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), excetuando-se o câncer de pele não melanoma, este é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal. Ele é ainda a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
“O câncer do colo do útero é uma doença que se desenvolve lentamente, e muitas pacientes podem não trazer sintomas no início. Já para os casos mais avançados, o tumor pode provocar sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual. Encontramos ainda sintomas como secreção vaginal anormal e dor abdominal relacionadas a queixas urinárias ou intestinas”, esclarece o médico Ramon Andrade de Mello.
O professor da Unifesp reforça que toda mulher entre 25 e 64 anos de idade deve fazer o exame a cada três anos: “Existe ainda a indicação de que os dois primeiros exames devem ser anuais. Com o resultado normal, a repetição deve ocorrer então a cada três anos”.
Sobre Ramon Andrade de Mello
Oncologista clínico e professor adjunto de Cancerologia Clínica da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ramon Andrade de Mello tem pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Câncer de Pulmão no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra) e doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal).
O médico tem título de especialista em Oncologia Clínica, Ministério da Saúde de Portugal e Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO). Além disso, Ramon tem título de Fellow of the American College of Physician (EUA) e é membro do Comitê Educacional de Tumores Gastrointestinal (ESMO GI Faculty) da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (European Society for Medical Oncology – ESMO), Membro do Conselho Consultivo (Advisory Board Member) da Escola Europeia de Oncologia (European School of Oncology – ESO) e ex-membro do Comitê Educacional de Tumores do Gastrointestinal Alto (mandato 2026 – 2019) da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (American Society of Clinical Oncology – ASCO).
O oncologista é do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital 9 de Julho, em São Paulo, SP, e do Centro de Diagnóstico da Unimed (CDU), em Bauru (SP).
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