Na tarde desta segunda-feira (17), às 16h, o Poder Judiciário de Rondônia promove a solenidade da primeira edição do Prêmio de Excelência Pérola Juraszek, uma boa prática do Poder Judiciário de Rondônia, proposta pela Corregedoria-Geral da Justiça de Rondônia (CGJ-RO), para reconhecer, anualmente, as unidades judiciárias pelos resultados alcançados na prestação jurisdicional.

O nome da premiação é uma homenagem à servidora Pérola Juraszek, que encerrou a carreira com um dos maiores índices de produtividade no Poder Judiciário de Rondônia. Ela convivia com esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença rara que enfraquece os músculos e limita os movimentos. Apesar das dificuldades batalhou para, na época, ser a única servidora com autorização para trabalhar em casa e nunca cogitou se aposentar. Pérola morreu em dezembro de 2018, aos 48 anos.

Conhecida, principalmente, por sua inteligência marcou a todos que a conheceram. Com capacidade de terminar uma minuta de sentença em 50 minutos, iniciou a carreira no Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO) como assessora comissionada na 5ª Vara Cível da comarca de Porto Velho, em 2002. Ali, conheceu o juiz Ilisir Bueno, uma parceria que duraria anos.

Foi o próprio magistrado que a incentivou a prestar concurso para o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO). Ela passou em 2º lugar, no ano de 2005. “Pérola sempre foi muito produtiva e responsável. Exemplo de dedicação e superação. Formou uma geração de assessores que promovem bom trabalho no Poder Judiciário de Rondônia. Diante de todas as dificuldades, nunca deixou de sorrir e valorizar as coisas boas. Sempre transmitiu seus conhecimentos a todos que a procuravam. Era uma pessoa muito especial”, contou o magistrado.

Pérola e o filho, Lucas Juraszek

O nome da premiação foi proposto pelo então corregedor-geral da Justiça (biênio 2018-2019), José Jorge Ribeiro da Luz. Ele foi professor de Pérola na faculdade e sempre reconheceu o potencial dela. “Ela gravou minhas aulas durante todo esse período. Eu cheguei a falar para o Ilisir que ela seria minha assessora, tamanho o conhecimento que ela possuía. Não haveria outra pessoa para nomear esse prêmio: ela era a própria excelência”, disse o desembargador.

O marido de Pérola, Osvino Juraszek, reconhece que a história da servidora é intrínseca à do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), e relembra quão grande era o carinho recebido pelos colegas e magistrados. “Pérola sempre escolheu viver o 'hoje', e não havia dificuldade no mundo que a parasse. Se uma porta se fechava, ela abria outra, sempre com um sorriso no rosto. Tivemos dificuldades, mas nunca sofrimento. Ela nos fez fortes”, contou o marido.

Os juízes vencedores nas categorias “Criminal Interior” e “Varas Genéricas”, Cláudia Vieira Maciel e Muhammad Hijazi Zaglout, respectivamente, também trabalharam com Pérola em diferentes pontos da vida.

Pérola e família

Cláudia foi juíza substituta na 6ª Vara Cível de Porto Velho, na mesma época em que a servidora assessorava. “Ela era fantástica! Eu me sentia muito bem assessorada, e via nela um exemplo de superação”, contou. O juiz Muhammad Hijazi Zaglout relembra o vasto repertório de jurisprudência daquela que, um dia, foi sua colega. “Eu fui assessor na época em que a Pérola era assessora. Quando a equipe tinha dúvida, a primeira pergunta era: Já perguntou para a Pérola?
Ela possuía um repertório de jurisprudência que fazia ter respostas em cinco minutos”, apontou o magistrado.

Cerimônia

A cerimônia do Prêmio Pérola Juraszek será às 16h, transmitida pelo canal do TJRO, no YouTube.Acesse aqui o link para transmissão.

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