Exposição de arte revela lado esquecido do ciclo da borracha

O trabalho artístico propõe uma reflexão sobre o modo de vida das mulheres seringueiras

Assessoria
Publicada em 10 de março de 2020 às 14:11
Exposição de arte revela lado esquecido do ciclo da borracha

Uma instalação artística questiona uma página da história do Brasil protagonizada pelos homens. Sabe-se que a Região Norte do país teve grande importância na comercialização da borracha produzida na Amazônia e que alimentava países ao redor do mundo. O trabalho masculino protagonizou o ciclo da borracha, mas e qual o papel das mulheres nesse período?

A exposição "Seringueira" revela a força de trabalho da mulher nos seringais amazônicos, que por anos vem sendo silenciada. A obra parte de uma pesquisa que busca compreender e dar voz às tantas mulheres esquecidas e marginalizadas, mas que mantinham árduos ofícios de extração de seringa, quebra de castanha, atividades de produção para o sustento, além das diversas responsabilidades da família.

“Percebi que há páginas arrancadas de uma história de luta dessas mulheres. A minha percepção vem desde a infância, enquanto eu catava as criativas sementes dessa árvore tão poderosa e ouvia os contos de minha bisavó que teve sua dura lida no seringal Liberdade, no interior do Acre, até minha última vivência na comunidade Canindé, próximo a Costa Marques em Rondônia”, conta Roberta Marisa, criadora da exposição.

A exposição estará disponível para visitação a partir do dia 15 de março, na Galeria de Artes do SESC Centro. “Seringueira” é uma realização do Studio Papoula, com apoio cultural do Fecomércio e SESC Rondônia.

SERVIÇO:

Exposição "Seringueira"

Vernissage 13/03, às 15h. Visitação 13/03 a 03/04/2020.

Local: Galeria de Arte do Sesc Centro, Av. Pres. Dutra, 2765 -  Centro, Porto Velho.

Informações e entrevistas: (69) 99963-0820 / [email protected]

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