Inovação: o que é Deep Technology?

Conheça o que são as Deep Techs e entenda porque o mundo precisa delas

Da redação/Foto: Divulgação
Publicada em 05 de outubro de 2022 às 18:39
Inovação: o que é Deep Technology?

Quando pensamos em uma grande empresa, é comum atrelarmos esse sucesso ao uso de técnicas inovadoras, uma vez que, em um mundo digitalizado e globalizado como o nosso, saber lidar, e principalmente saber investir em tecnologia, se torna algo essencial para se obter o melhor êxito.

As chamadas Deep Tech ou Hard Technology são empresas inovadoras que desenvolvem produtos ou serviços baseados em pesquisas científicas em áreas como biotecnologia, blockchain, inteligência artificial, genética, tecnologia virtual e química. 

Hoje em dia, sentimos que se passarmos um tempo sem nos atualizar estaremos perdendo muito, e isso é verdade. O futuro está sendo redigido agora, e as Deep Techs estão à frente nesse processo de escrita, reformulando, a cada dia, o conceito de inovação.

Afinal, o que são e como foram criadas as Deep Technology?

Como dito anteriormente, as Deep Techs são empresas baseadas em pesquisas científicas, ou seja, suas inovações muitas das vezes são desenvolvidas em laboratórios ou universidades por cientistas, estudantes e pesquisadores. Dessa forma, elas expandem as possibilidades de mercado, tirando a concentração de novas criações dos grandes laboratórios.

O nome Deep Technology foi criado em 2014 pela indiana Swati Chaturvedi, CEO e cofundadora da plataforma Propel (X). A empreendedora afirma que as Deep Tech têm como base descobertas científicas tangíveis ou inovações de engenharia significativas. Isso quer dizer que elas estão tentando resolver os grandes problemas, aqueles que realmente afetam o mundo.

Leandro Berti, PhD em Nanotecnologia, afirma que as Deep Techs partem de uma ciência mais difícil de virar negócio, chamada “hard science”. Elas são mais centradas no ser humano e na criação de valor, sem se preocupar apenas com a receita final.

Quais são as características das Deep Techs?

Diferentemente de muitas empresas tradicionais, que buscam resolver tudo no menor tempo possível, as Deep Techs entendem que para se desenvolver uma tecnologia profunda é preciso tempo até que se atinja maturidade suficiente para que a solução obtenha grande escala.

Outra forte característica é que as Deep Techs dependem de um grande capital inicial, uma vez que para se dar início a uma nova pesquisa é necessário a compra de equipamentos, material, pesquisa, validações, entre outras etapas.

Impacto é a marca registrada dessas empresas, as soluções propostas por elas visam sempre radicalizar seus nichos, provocando a quebra em determinado mercado ou até mesmo o surgimento de novos nichos, ecossistemas e demandas.

Por último, não podemos nos esquecer do foco no problema real: um dos grandes propósitos dessas empresas é que a inovação científica tenha uma aproximação verdadeira com o mundo real, sempre viabilizando soluções que possam de fato melhorar a vida das pessoas.

Algumas soluções das Deep Techs

As Deep Techs podem resolver questões na gestão de resíduos, combate à fome e até mesmo na área da saúde. São seis as categorias nas quais o site da Propel (X) divide as Deep Techs, sendo elas: Agricultura e Alimentação; Aeroespaço e Transporte; Energia e Tecnologias Verdes; Life Sciences; Tecnologias Industriais e por último TI e Comunicações. 

Durante a pandemia, as Deep Techs foram extremamente importantes para o combate da covid-19. O desenvolvimento da vacina Pfizer-BioNTech foi feito em menos de um ano, tudo graças aos investimentos em empresas que visam soluções humanas.  

Como estão as Deep Techs no Brasil

Não é novidade que o Brasil atualmente sofre com os altos cortes no investimento à pesquisa científica e à tecnologia, e esse cenário caótico faz com que o desenvolvimento das Deep Techs sofra enormes quedas, não permitindo sua evolução.

Como as Deep Techs necessitam das universidades e dos pesquisadores para se fortalecer, atuar em um país onde não há esse tipo de investimento se torna uma missão quase impossível. Algumas startups nacionais buscaram investir nesse ramo, mas o principal desafio foi justamente superar o distanciamento que existe entre o mundo acadêmico e o dos negócios.

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