Sem solução, Belmont pode ficar sem as distribuidoras de combustível. Estado perderia 1 bilhão de impostos
Está na hora de resolver ou entregar os pontos. Se não temos condições de acabar com o problema, que aceitemos as perdas e as mudanças para o Amazonas. São essas as opções
Uma liminar da Justiça mandou desobstruir a Estrada do Belmont, na noite da terça. Ela fora fechada pela enésima vez por moradores da área. A decisão salvou a Capital e outras cidades de ficaram sem combustível. Com o isolamento do bairro Nacional e das empresas distribuidoras, até os aviões que decolam do aeroporto internacional Jorge Teixeira correram o risco de terem que ficar no solo, porque o querosene de aviação estava acabando e os caminhões que o transportam, estavam todos parados, pelo fechamento da Estrada por onde escoa a produção dos derivados de petróleo. Usinas termoelétricas distantes da zona urbana da Capital, também poderiam ficar sem combustível, deixando milhares de pessoas no escuro. O problema da Belmont se arrasta há muitos e muitos anos. Passou por prefeitos e por vários governadores. Marcos Rocha, menos de um mês depois de assumir, mandou máquinas e homens do DER para ao menos amenizar a situação. O DER ainda elevou a Estrada em pelo menos 15 centímetros, para tentar evitar a alagação, no próximo inverno. Mas, no verão, o inferno da poeira tomou conta da área e os moradores não querem saber: exigem asfalto. E exigem agora. A questão é que não há previsão orçamentária para a obra, ao menos no orçamento de 2019. Terá para o ano que vem? O diretor geral do DER, coronel Erasmo Meireles, tem destacado que a obra é fundamental, mas que ela é de responsabilidade da Prefeitura. A Prefeitura diz que não há viabilidade técnica para realizar o asfaltamento. Há risco concreto de que o rio Madeira continue avançando sobre a Belmont e acabe destruindo parte dela.
A verdade é que não faltam empecilhos para que a obra seja feita. Falta de dinheiro, falta de projeto, falta de condições técnicas, riscos de que a estrada seja engolida pelo rio. Afinal, de quem é responsabilidade: do Estado ou da Prefeitura? Ou de ambos? Mesmo com todos os avanços da engenharia, não há mesmo solução? Porque se não houver, o correto seria incentivar as empresas distribuidoras a saírem de onde estão e partirem para outros portos, como por exemplo, alguns muito próximos daqui, só que no Amazonas. A questão é: o governo de Rondônia abriria mão de algo em torno de 1 bilhão de reais por ano, em impostos recolhidos só das distribuidoras da Belmont? Há o risco real de que isso ocorra. Nem as empresas e nem os moradores do Nacional suportam mais o que está acontecendo há décadas com a Belmont. Está na hora de resolver ou entregar os pontos. Se não temos condições de acabar com o problema, que aceitemos as perdas e as mudanças para o Amazonas. São essas as opções.
A JUÍZA DE TOGA NO RÁDIO
Não param de serem registradas manifestações contra a chamada Lei do Abuso de Autoridade, que na verdade deveria se chamar de Lei da Mordaça, contra o Judiciário brasileiro. Ela também tenta controlar o Ministério Público e as ações policiais, fazendo o que muitas leis do nosso país fazem: proteger os bandidos e punir as pessoas que representam o bem. Uma delas foi marcante: a juíza Euma Tourinho participou do programa Papo de Redação (Rádio Parecis FM, segunda a sexta, 12 horas) e o fez usando sua toga de magistrada. Enumerou vários dispositivos do texto que tentam controlar a ação dos juízes. Foi uma participação brilhante, elogiada por dezenas de ouvintes. Já neste domingo, dia 25, será a vez dos policiais federais de Rondônia fazerem seu protesto. Eles farão uma passeata desde a frente das Lojas Havan até o aeroporto, ida e volta, para exigir que a nova lei seja vetada pelo presidente Bolsonaro.
ROCHA ELOGIA WILSON WITZEL
O governador Marcos Rocha usou as redes sociais para anunciar o recebimento de mais de 2 milhões de reais em doações de armamentos, munições e viaturas do governo federal para Rondônia, para melhorar a atuação e os serviços da segurança pública. Fez um agradecimento especial ao ministro Sérgio Moro, que, aliás, foi a primeira grande personalidade do governo Bolsonaro a vir a Rondônia, participando de um evento de grande repercussão na antiga Ulbra. Mas Rocha também não fugiu da polêmica, ao aproveitar seu comentário para elogiar a atuação da polícia do Rio de Janeiro, que matou um sequestrador e salvou dezenas de vidas. Rocha escreveu: “Aproveito para parabenizar os policias no Rio de Janeiro e o Governador Wilson Witzel por salvarem a vida de 37 pessoas. É um recado claro para os criminosos. O Brasil mudou. Rondônia está alinhada a essa nova diretriz”. Os defensores dos direitos humanos dos bandidos, é claro que não gostaram...
EXPOPORTO É O NOME DA FEIRA
O nome é ExpoPorto. Escolhido por internautas através de uma enquete promovida nas redes sociais pelo governador Marcos Rocha e pelo secretário da Sejucel, Jobson Bandeira, essa foi a escolha para a nomenclatura da nova feira agropecuária de Porto Velho, que antes se chamava Expovel. Houve até uma tentativa de manter o nome antigo, mas uma série de obstáculos, incluindo-se aí inúmeras dívidas ainda sub judice de edições anteriores da feira e vários processos em andamento, deixaram claro que não havia como fazer a exposição com o mesmo título. Ao invés de fazer um grande evento e chamar a comunidade para participar, o governador optou por centralizar a iniciativa apenas nas redes sociais. O número de participantes foi pequeno, mas mesmo assim o nome escolhido pareceu criativo. A mobilização em torno da feira agropecuária da Capital começa em 28 de setembro, com a cavalgada e o evento será realizado no Parque dos Tanques, seu local de sempre, de 2 a 6 de outubro, ou seja, cinco dias, de quarta a domingo.
VOTAÇÕES EM TEMPO RECORDE
A conversa é uma, a ação é a mesma da conversa. Muda-se o ditado para destacar que a Assembleia Legislativa está trabalhando duro, com rapidez e, respeitando todos os preceitos legais agiliza ao máximo que pode, as votações de todos os temas de interesse da população rondoniense. Vários deputados, aliás, se pronunciaram na sessão de terça, elogiando a atuação do presidente Laerte Gomes, que tem se desdobrado para que a Casa atue de todas as formas para apoiar os projetos que são importantes para o Estado. Luizinho Goebel, por exemplo, disse que “de 33 matérias do Executivo que deram entrada nessa Casa, 19 delas estavam sendo votadas nessa sessão. E é bom lembrar que vários desses projetos chegaram hoje e hoje já estão sendo votados”. Goebel, resumindo o pensamento de vários de seus colegas, afirmou ainda que “a gente tem que reconhecer o trabalho do presidente Laerte, que pautou as matérias, permitindo que fossem apreciadas e que possibilitasse ao Executivo realizar todas as ações que planejou”. Um dos importantes projetos aprovados foi a autorização de remanejamento de 192 milhões de reais para os poderes e para vários setores do governo.
BOLSONARO ATIRA ATÉ NOS ALIADOS
Realmente, o presidente Jair Bolsonaro anda falando demais. E falando bobagem. De manhã, disse que se poderia suspeitar que há ONGs envolvidas nas queimadas da Amazônia. Uma loucura, já que, como chefe da Nação, ele não pode achar nada nem suspeitar de nada. Ou tem certeza ou não abre a boca. Horas depois, comprou uma briga com governadores da região norte, dizendo que “alguns deles” não estavam combatendo as queimadas como deveriam ou, num palavreado mais simplório, estavam lavando as mãos na questão do combate ás queimadas. Como não deu nomes, colocou sob suspeita até seus aliados Marcos Rocha, de Rondônia e Antônio Almeida, de Roraima, ambos do PSL. Também não disse que não estava falando de outro aliado importante, o governador do Acre, Gladson Camelli, do PP ou de Mauro Carlesse, do Tacantins, que é do DEM. Bolsonaro poderia estar se referindo a Helder Barbalho, do Pará (MDB) ou de Waldez Góes, do PDT do Amapá. Mas como não disse a quem se referia, claramente, deixou todos, incluindo seus parceiros, como suspeitos de estarem deixando a floresta queimar e não fazerem nada. Grotesco!
EM DEFESA DAS MULHERES
Uma notícia nacional importante, dessa quarta, envolve a deputada federal Mariana Carvalho, de Rondônia. Ela está prestes a aprovar seu primeiro projeto de lei, que depende, a partir de agora, apenas da sanção presidencial. E que projeto! A proposta é em defesa das mulheres agredidas e mais uma forma de tentar diminuir a violência contra elas, praticada todos os dias, todas as horas, minuto a minuto, em cada recanto desse país. E é claro, também no Estado de Mariana, a Rondônia que é uma das campeãs nacionais em ocorrências, agressões e assassinatos de mulheres. Pelo projeto, o agressor terá que ressarcir todos os gastos do SUS por atendimento a vitimas de violência, principalmente a doméstica. A proposta teve grande repercussão na mídia nacional, ainda mais nesse momento em que a violência contras as mulheres e o feminicídio se tornaram temas de grande debate em todos os recantos do país. A proposta de Mariana tem também assinatura do deputado Rafael Motta, do Rio Grande do Norte. Falta agora, apenas, o aval de Bolsonaro.
EVO E O TERCEIRO MANDATO
Os protestos contra a possibilidade de Evo Morales disputar um terceiro mandato para a Presidência da Bolívia, chegaram à região da fronteira com Guajará Mirim. A tal ponto que o porto entre as duas cidades foi fechado, embora por poucas horas. Na região de Beni, os bolivianos nunca engoliram o presidente indígena, que ganhou dois mandatos e agora tenta driblar a Constituição do país, entrando numa terceira disputa. Pelas leis bolivianas, um Presidente só pode ir a uma terceira tentativa de governar, caso tenha apoio da maioria da população. As pesquisas atualmente apontam que 51 por cento dos nossos vizinhos, não querem que isso ocorra. Os seguidores de Morales acreditam que ele pode reverter esse quadro e ganhar de novo. A eleição é daqui a pouco mais de dois meses, em outubro.
PERGUNTINHA
De quem você acha que é a culpa pelo pornográfico sistema de queimadas da Amazônia: dos Governadores, dos prefeitos, das ONGs ou da falta de fiscalização e punição aos que desrespeitam todas as leis e fazem o que bem entendem?
BLOG:https://www.facebook.com/opiniaodeprimeira?fref=ts
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O relator da ação, ministro Marco Aurélio, afastou os argumentos apresentados na petição inicial e votou pela improcedência do pedido. A decisão foi unânime
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