Enfim, votei. Fiz porque sou obrigado. Caso contrário, não teria deixado o aconchego da minha modesta casa, para colocar em risco a minha saúde e a da minha família. O medo da Covid-19 e o descrédito que cercam políticos e partidos afastaram muitos eleitores das urnas. É possível que tenhamos uma abstenção recorde devido à pandemia, principalmente entre os mais pobres e idosos. Em pleitos anteriores, o temor de uma crise financeira mexeu com os ânimos dos eleitores. Hoje, é a Covid-19 o fator de desequilíbrio.

Em Porto Velho, como já anteciparam institutos de pesquisas, a disputa não será resolvida no primeiro turno. Isso quer dizer que seremos forçados a retornar às urnas no próximo dia 29. Ufa! Haja exposição! Enquanto aguardava na fila, ouvi declarações inteligentes de eleitores, evidenciando o amadurecimento da população, mostrando que já não mais se deixa enganar com facilidade. Infelizmente, ainda há os que insistem em manter o atual estado de coisas, que nada muda na essência no campo de direitos e garantiam individuais e coletivas.

Durante a campanha eleitoral, fomos bombardeados pelos meios de comunicação com promessas e discursos de candidatos a prefeito e vereador, expondo as mazelas sociais já conhecidas da população e, consequentemente, a solução para cada uma delas. Mas governar um município com as dimensões geográficas como Porto Velho é um desafio para poucos. Os problemas são antigos e de difícil solução. Não podemos dizer que não tivemos tempo suficiente para analisar o perfil de cada candidato a prefeito, antes de tomar o que achamos ser o melhor caminho. Em nossas mãos, mais uma vez, repousou a responsabilidade pelos destinos da nossa cidade. Queira Deus tenhamos acertado nas escolhas que fizemos. Caso contrário, serão mais quatro anos de sofrimento.